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segunda-feira, julho 8, 2024

Cabo de guerra entre vereadores continua expondo divergências sobre ‘puxadinho milionário’

Nesta segunda-feira, 27/9, o vereador Carpê Andrade reforçou o discurso contra a construção orçada em R$ 32 milhões e, da tribuna, conclamou os colegas para que parem de arranhar a imagem da CMM insistindo em uma obra que não atende aos anseios da população de Manaus.

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O cabo de guerra na Câmara Municipal de Manaus (CMM) contra a construção do “puxadinho milionário” está pendendo numericamente mais para um lado. O lado que, até o momento, tem saído derrotado nas instâncias judiciais e diante da opinião pública. Do outro lado, mesmo em menor número, figura o lado vitorioso que é formado, por ora, por apenas seis de um total de 41 parlamentares.

O movimento capitaneado pelos vereadores Amom Mandel (sem partido) e Rodrigo Guedes (PSC) tem ao lado Carpê Andrade (Republicanos), Jaildo Oliveira (PCdoB), Cícero Custódio (PT) e Kennedy Marques (PMN) que já se posicionaram contrários à construção do 2º prédio anexo à Câmara Municipal de Manaus (CMM) no valor, aproximado, de R$ 32 milhões.

Pelas redes sociais, os parlamentares têm se mostrado contrários a intenção do presidente da CMM, vereador David Reis (Avante), sustentada pelos membros da Mesa Diretora, – exceto Amom (ouvidor) e Jaildo (corregedor) -, que apoiam a realização da obra que deve, nas palavras do vereador presidente, garantir maior equidade aos parlamentares.

Nesta segunda-feira, 27/9, o vereador Carpê Andrade ocupou a tribuna da Casa para reforçar seu posicionamento contra a construção do anexo e para expressar sua opinião contra o tema que se transformou numa celeuma dentro do parlamento municipal.

Ele parabenizou o presidente da CMM, vereador David Reis sobre seu “olhar para o futuro”, mas reforçou que construir gabinetes para atender a um número de vereadores que só daqui a 40 ou 50 anos, quando Manaus deve possuir cerca de oito milhões de habitantes não é olhar para o futuro, mas ignorar o presente.

“É minha opinião que a Câmara Municipal de Manaus não precisa de um anexo. Em especial nesse momento tão sensível da história. Não me incomoda a ideia de que os gabinetes ‘não possuem tamanho isonômico’, me preocupa a ideia de que o anexo seria destinado não só à construção de novos e desnecessários gabinetes para os vereadores futuros, mas de novos gabinetes para os vereadores atuais, ignorando o fato de que recentemente construímos outro anexo com similar finalidade”, disse.

Carpê continuo seu pronunciamento afirmando que a insistência do presidente em manter o projeto de construção milionária tem arranhado a imagem da CMM. “É minha opinião também que a imagem desta respeitosa Casa está sendo arranhada não por forças externas opositoras. Somos nós mesmos o problema e somos nós mesmos a solução. Não precisamos ser amigos, mas temos um dever para com o povo que nos elegeu”, afirmou.

O vereador também criticou de forma velada parlamentares que estariam se favorecendo da situação para legislar em benefício próprio e “agradar o eleitorado prometendo cestas básicas ou um auxílio manauara com esses recursos”. “Todos sabemos ou deveríamos saber sobre a legislação, sobre o funcionamento do orçamento. E como se não bastasse a promessa inviável, vemos nessa Casa a promoção da dissensão ao invés do diálogo”, falou.

Por fim, Carpê sugeriu que a atual estrutura da CMM seja readequada para dispor da isonomia defendida pelo presidente David Reis. Para o parlamentar, a atual estrutura possui espaço suficiente para atender todos os 41 vereadores e todos os funcionários da Casa, basta que os ajustes necessários sejam feitos.

“Em um tempo em que a contenção de gastos é a regra precisamos olhar para as necessidades do nosso povo e não creio que seja fazendo 55 novos gabinetes que atenderemos essa necessidade. Se houvéssemos de fazer reforma, que seja dentro da estrutura que já temos e talvez nem isso seja necessário, bastando um ajuste no uso dos espaços atuais. E se tivéssemos que gastar que fosse investindo não na estrutura física, mas nos recursos humanos desta Casa. Meus pares, parem de brigar. Parem de arranhar a imagem desta Casa”, finalizou.

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Da Redação

Foto: Divulgação / Ilustração Marcus Reis

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