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sexta-feira, julho 26, 2024

‘Não adianta ficar sentado chorando’, declara Guedes ao afirmar que que energia sofrerá novo aumento

O ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou nesta quinta-feira, 26/8, em audiência pública no Senado que a taxa extra na conta de luz, cobrada por meio das bandeiras tarifárias, deverá ser aumentada novamente em razão da crise hídrica.

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O ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou nesta quinta-feira, 26/8, em audiência pública no Senado que a taxa extra na conta de luz, cobrada por meio das bandeiras tarifárias, deverá ser aumentada novamente em razão da crise hídrica. Para o ministro, “não adianta ficar sentado chorando”.

O Brasil enfrenta a pior crise hídrica dos últimos 91 anos e a bandeira tarifária já foi reajustada, em junho deste ano. A bandeira, na cor vermelha, deverá sofrer novo reajuste na semana que vem, durante reunião da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“Temos de enfrentar a crise. Vamos ter de subir a bandeira, a bandeira vai subir. Vou pedir aos governadores para não subir automaticamente [o ICMS da energia elétrica], eles acabam faturando em cima da crise. Temos de enfrentar, não adianta ficar sentado chorando”, declarou Guedes.

Nesta quarta, o ministro da Economia já havia indagado “qual é o problema” de a energia ficar “um pouco mais cara”.

Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste – que respondem por 70% da capacidade de geração de energia do país – estão com 22,5% da capacidade de armazenamento, e não há perspectiva de chuva forte nessas regiões até meados de outubro.

As usinas termelétricas – mais caras e poluentes – estão sendo acionadas para garantir o fornecimento de energia. Por isso, houve aumento no custo da geração de energia, e o valor é repassado aos consumidores.

Reduzir o consumo – Nesta quarta-feira, 25, o governo anunciou uma “premiação” para consumidores que conseguirem economizar energia elétrica — no entanto, as regras para o programa não foram divulgadas. Além disso, também determinou que os órgãos públicos federais deverão reduzir o consumo de energia de 10% a 20% entre setembro de 2021 e abril de 2022.

Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, voltou a descartar a possibilidade de racionamento de energia. As medidas foram anunciadas após o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) ter avaliado, na última terça-feira, 24, que há “relevante piora” das condições hídricas no país.

Em novembro, quando começa o período chuvoso, o ONS prevê que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste vão chegar a 10% da capacidade.

Repercussão – O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) classificou como “escárnio com o povo brasileiro” a declaração do ministro, de que não há problema da energia ficar mais cara no Brasil.

“Isso é um escárnio com o povo brasileiro. Não apenas com o povo do Amazonas, com o povo de Manaus ou do interior, mas com todo o povo. Quero deixar aqui o meu repúdio às palavras do ministro Paulo Guedes. Eu não imaginava que tivesse alguém com coragem de defender o alto preço da energia elétrica, que no nosso caso sofremos com a Amazonas Energia, mas agora apareceu um, que é o Paulo Guedes”, disse Serafim durante discurso na sessão plenária desta quinta-feira, 26, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

No lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, na quarta-feira, 25, Guedes se disse otimista com o crescimento econômico do Brasil e que enfrentará o problema do choque hídrico. Guedes comparou o momento atual com o início da pandemia de Covid-19, no ano passado. Na visão dele, 2020 foi muito pior.

“Se no ano passado, que era o caos, nós nos organizamos e atravessamos, por que nós vamos ter medo agora? Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos? Ou o problema agora é que está tendo uma exacerbação porque anteciparam as eleições… Tudo bem, vamos tapar o ouvido, vamos atravessar”, disse o ministro na ocasião.

Líder do PSB na Casa Legislativa, Serafim Corrêa declarou que, na contramão do que diz Guedes, a conta de luz pressiona a inflação e pesa no bolso dos brasileiros.

“Jamais imaginei que alguém tivesse a coragem de dizer isto: “qual é o problema da energia ficar mais cara?”. E principalmente se quem dissesse isso fosse o próprio ministro da Economia. O Sr. Paulo Guedes vem e faz essa pergunta. Esse cara pálida precisa acordar, a ficha dele precisa cair. Ele é o ministro da Economia. O Brasil não suporta isso, a inflação está batendo 8%”, criticou o deputado.

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Com informações da assessoria de imprensa

Foto: Divulgação

 

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