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sexta-feira, julho 26, 2024

Política de saúde pública no interior do Amazonas é debatido no quadro ‘Érica Lima Conversa’, do Portal O Convergente

Mestre em Política Social e Sustentabilidade na Amazônia, a socióloga Maria Rute Luna foi a convidada do quadro dessa segunda-feira, 22/6

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O contexto das políticas públicas de saúde no Estado do Amazonas foi o tema abordado no quadro “Erica Lima Conversa”, do Portal O Convergente, dessa segunda-feira, 21/6, que teve como convidada a mestre em Política Social e Sustentabilidade na Amazônia, a socióloga Maria Rute Luna.

A socióloga iniciou a conversa explicando a realidade da saúde pública nos municípios do interior do Amazonas e destacou que o Estado tem algo muito específico, que é a questão geográfica e, por conta disso, na maioria dos casos, os serviços de saúde não estão disponíveis para algumas comunidades devido o distanciamento entre as zonas rural e urbana.

“Hoje o Sistema Único de Saúde (SUS) é estruturado em regiões de saúde, onde alguns municípios são referências para outros. No interior se transfere um paciente para um município que seria mais estruturado, mas acaba que esse município não tem a estrutura devida para atender esse paciente, que acaba sendo transferido para Manaus, sobrecarregando a rede de saúde da capital. O que a gente percebe é a falta de investimento e de estrutura na atenção básica de saúde no interior do Estado”, explicou.

Covid-19 – Ao longo da entrevista, a pesquisadora Erica Lima lembrou da crise sanitária causada pela Covid-19 que evidenciou os problemas de saúde pública existentes no Amazonas. A pesquisadora ressaltou que, apesar de repasses de verbas feitos para saúde aos municípios por meio do SUS, muitos carecem de estrutura de qualidade.

Ao que a socióloga informou que o Amazonas está entre os sete estados que tem maior arrecadação de ICMS do Brasil, mas, infelizmente, é um dos primeiros que sofre com desvio de verbas públicas e a saúde está no estopim desses desvios.

“O SUS oferece o financiamento, mas é preciso entrar com uma contrapartida e o que se percebe é que não tem essa contrapartida. Temos faltas de hospitais, estruturas e principalmente falta de profissionais. Tem municípios com 30 mil habitantes e só tem um médico. A pandemia mostrou a precariedade de saúde pública no nosso Estado, que é um estado rico, mas que temos um dos piores índices de saúde no Brasil, o exemplo disso é que não temos leitos de Unidades Terapia Intensiva (UTI’s) em nenhum município do interior”, explicou.

Vacinação – Outro ponto visto com preocupação pela socióloga diz respeito a resistência da população à vacinação. Para ela, parte da população não quer se vacinar devido as “Fake News”.

“Em pleno século 21 ainda vemos muita ‘Fake News’. Acreditar na ciência, no conhecimento e levar isso para a população ainda é algo que temos dificuldades de fazer. Tem muitas pessoas que estão se beneficiando com isso política e economicamente, espalhando notícias falsas e fazendo com que as pessoas acreditem e prejudiquem a si e aos outros. Precisamos esclarecer a população, não confundi-la”, afirmou.

Para finalizar, Maria Rute Luna ressaltou que o caminho para combater a Covid-19 é a vacina e que as pessoas acreditem na ciência, sem deixar de lado os cuidados básicos, usando máscaras, lavando as mãos e utilizando álcool gel.

Confira a entrevista: 

YouTube

 

Podcast

 

Por Lana Honorato

Foto: Marcus Reis

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