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sexta-feira, julho 26, 2024

CPI da Covid-19 ouve nesta quinta-feira o diretor do Butantan, Dimas Covas

Dimas Covas é o décimo a ser ouvido pela comissão, que investiga ações e omissões do governo na pandemia. VaO médico e pesquisador será ouvido na condição de testemunha, tendo que se comprometer a dizer a verdade, sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho

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A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira, 27/5, na condição de testemunha o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. O instituto produz no Brasil a vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac.

Entre outros temas, os senadores devem questionar Dimas Covas sobre a produção da CoronaVac e a relação do Butantan com o Governo Federal. A vacina se tornou alvo de uma disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria.

Dimas Covas será a décima pessoa a prestar depoimento à CPI. O médico e pesquisador será ouvido na condição de testemunha, tendo que se comprometer a dizer a verdade, sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho.

Disputa política – Em 2020, o Butantan buscou uma parceria com a China para pesquisa, produção e aquisição da CoronaVac, primeira vacina aplicada no Brasil, em janeiro deste ano, na cidade de São Paulo. A eficácia do imunizante varia, mas pode chegar a 62,3%, segundo estudo divulgado em abril.

A CoronaVac é a vacina mais aplicada no Brasil e, no ano passado, o imunizante virou alvo de disputa política entre Bolsonaro e Doria. O Butantan, dirigido por Dimas Covas, é ligado ao governo de São Paulo, mas também recebe recursos do governo federal.

Bolsonaro chegou a chamar o imunizante de “vacina chinesa de João Doria” e disse que não compraria a CoronaVac, desautorizando o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O general havia anunciado, um dia antes da declaração do presidente, a intenção de comprar 46 milhões de doses. Depois, Pazuello afirmou: “É simples assim. Um manda e o outro obedece”.

A relação do Governo Federal com o Butantan e eventuais entraves gerados por atitudes do governo para a produção da CoronaVac serão temas de questionamentos dos integrantes da CPI para Dimas Covas.

O pesquisador já afirmou em entrevista que o Butantan teve dificuldade na assinatura de contrato para compra da CoronaVac, que levou mais de seis meses. Foi uma resposta a Pazuello que, na CPI, afirmou não ter havido intervenção de Jair Bolsonaro no processo.

ButanVac – O Instituto Butantan trabalha agora no desenvolvimento de uma nova vacina contra a covid-19: a ButanVac. A produção desse imunizante deverá ser feita totalmente no Brasil, a partir de uma tecnologia que trabalha a inoculação do vírus em ovos embrionados de galinhas.

Nessa segunda-feira (24), o instituto enviou à Anvisa mais uma remessa de informações sobre o início dos testes em humanos com a ButanVac. Ainda não há previsão para o início da imunização com essa vacina no país.

Agenda de depoimentos:

  • Dia 1º/6: Nísia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);
  • Dia 2/6: Clovis Arns da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

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Foto: Divulgação

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