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sábado, julho 27, 2024

Após indignação popular, Deputada Mayara exonera cunhado e ex-madrasta que moram no exterior

As nomeações causaram indignação por parte da população que qualificou o ato como falta de respeito da deputada em empregar pessoas ligadas à família dela que moram fora do país para “exercer” atividade parlamentar

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Diante da repercussão negativa, a deputada estadual Dra. Mayara Pinheiro (Progressista) voltou atrás e exonerou o cunhado, Ryan Gabriel Silva e a ex-madrasta, Rosemary Cunha Martins do seu gabinete. Mesmo residindo fora do país, a parlamentar havia nomeado os dois para atuarem como assessores na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

As exonerações foram publicadas na edição 1689, do Diário Oficial do Legislativo da Aleam desta quarta-feira, 12/5. Ryan, que é casado com a irmã da parlamentar, tinha sido nomeado para exercer a função de Assessor de Diretoria 4 CC7 e Rosemary, ex-companheira do pai da Mayara, Adail Pinheiro, estava designada para o cargo de Assessor de Diretoria 8 CC11.

Conforme denúncias, Ryan mora no Canadá e Rosemary em Portugal. Ainda segundo o denunciante, o caso foi apresentado à Procuradoria-Geral de Justiça ainda nessa quarta-feira, 12/5.

Indignação – O ato da deputada estadual Dra. Mayara, em nomear Ryan e Rosemary, causou indignação na população, que lembrou que a parlamentar foi a mais votada na última eleição estadual, em 2018, para representar o povo na casa legislativa. Mayara Pinheiro foi eleita com 50.819 votos e se tornou a deputada estadual mais votada na história do Amazonas.

“Muita falta de respeito com quem a colocou lá, com a classe trabalhadora e com a população em geral. Como eles assinaram o contrato de trabalho? Como assinam a frequência do gabinete? Isso mostra a falta de comprometimento dela (deputada Mayara) com a casa e com o povo do Amazonas. E mais ainda, isso mostra a conivência dos demais colegas da Casa, que tem conhecimento e que levam para a ‘normalidade’ esse tipo de situação”, destacou a funcionária pública Virgínia Queiroz, 42.

A pedagoga Mariana Diniz, 28, destacou que apesar do ato não ser ilegal, é imoral. “Isso é uma total falta de respeito. No gabinete dela, ela pode realmente colocar quem ela quiser, mas contanto que essa pessoa trabalhe, afinal está recebendo dinheiro público, né?!”, repudiou.

Já a estudante universitária Lorena Vieira, 23, questionou as nomeações e destacou que são absurdas, uma vez que os dois designados para os cargos públicos não moram no país.

“Será que a deputada Mayara tem uma embaixada em cada um desses países e a gente não sabia? Só isso poderia justificar ela destinar verbas estaduais para assessores que não tem condições reais de contribuir com o mandato dela e, consequentemente, com o Amazonas. A gente pensa que já viu tudo, mas não, eles conseguem fazer coisas mais absurdas ainda”, comentou.

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Por Lana Honorato
FotoDhyeizo Lemos

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