A construção da Cidade do Autismo, em Manaus, gerou discussão na Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta terça-feira (26), durante a sessão plenária. O embate ocorreu após declarações do vereador Raulzinho (MDB), que criticou parlamentares contrários ao empréstimo de R$ 500 milhões solicitado pela Prefeitura de Manaus para viabilizar o projeto.
Segundo Raulzinho, o voto contrário de alguns vereadores indica, na prática, oposição à própria realização da Cidade do Autismo. “Teve gente tentando justificar porque votou contra o empréstimo dizendo que a gente que tinha votado contra a população. Sendo que, na verdade, quem votou contra, votou contra a construção da Cidade do Autismo”, afirmou o parlamentar.
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A posição do vereador provocou reações imediatas de colegas que defenderam seus votos contrários. Rodrigo Sá (PP) destacou que sua decisão foi motivada pela falta de transparência da gestão municipal. “Eu votei contra o empréstimo e votaria de novo, porque não houve transparência da prefeitura em solicitar esse empréstimo e não houve prestação de contas do empréstimo anterior. Dizer que nós que votamos contra somos contra a Cidade do Autista é, no mínimo, leviano”, declarou.
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Rodrigo Guedes (PP) também reforçou que a motivação de seu voto se baseou no não cumprimento de obras previstas em projetos anteriores. “O meu voto foi porque, simplesmente, as obras não aconteceram. Independente de eu ser base ou oposição, eu sou manauara e moro aqui! Você acha mesmo que eu gostaria de ver uma cidade pior?”, questionou.
Gilmar Nascimento (Avante) acrescentou uma perspectiva crítica ao debate político, lembrando que a oposição ao empréstimo não significa desprezo pelo projeto, mas sim posicionamento político. “Quando você diz que se não fosse empréstimo, não teria Cidade do Autista… Mas, não tem mesmo, viveríamos só no custeio, pagando o que já existe. Mas para alguns, tudo é melhor, porque tem que derrubar o governo, mas derrubar o governo com o sofrimento da população”, afirmou.
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