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domingo, novembro 10, 2024

“Falta politicas de segurança no Brasil”, aponta especialista, após Marina Silva lamentar morte de sobrinho dentro de casa no Acre

O jovem Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, foi assassinado a tiros dentro da própria casa no bairro Taquari, em Rio Branco, (AC). Os suspitos ainda não foram identificados

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede-SP), usou as redes sociais, nesta terça-feira (6), onde lamentou a morte do sobrinho-neto, vítima da violência urbana na capital do Acre (AC). O jovem Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, foi assassinado a tiros dentro da própria casa no bairro Taquari, em Rio Branco.

No post no X (antigo Twitter), a ministra citou que Cauã foi alvo de um crime que assola vidas de jovens nas periferias em todo território nacional.

“Com imenso pesar e dor, recebo a notícia de que meu sobrinho-neto Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, foi assassinado nesta terça-feira (6) em Rio Branco, no Acre. Cauã foi vítima da criminalidade que destrói vidas principalmente de jovens de bairros da periferia do nosso país. Que Deus sustente e console nossa família”, disse a Marina, nesta terça-feira à noite.

As autoridades convivem com esses problemas não só especificamente na cidade onde o jovem foi assassinado, mas em todo o território nacional. O tráfico, como aponta o Coronel Walter Cruz, especialista em segurança pública, “ficou mais forte em todo o país, por conta da falta de políticas públicas por parte do poder público”.

“O Governo não se priorizou isso. Todo e qualquer problema precisa de um diagnóstico. As facções se fortaleceram e cresceram no Brasil. E a administração pública sempre repete dois pontos: organização e orçamento”, afirmou o especialista sobre o enfrentamento de combate a criminalidade, na região de fronteiras, na região norte.

Após a postagem de ministra de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consternou a perda da colega de governo. “Meus sentimentos, companheira Marina”, publicou o presidente.

Para o analista, as condolências do presidente da República foi ‘simplista’. “Um presidente que tem dito desde o início da sua campanha para a presidência que iria enfrentar o problema da segurança pública que é o principal problema no País, afirmou o Walter Cruz.

Outro ponto citado por Cruz, é a necessidade de integração das forças federais com o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, e às as igrejas nesse processo.

“É necessário que a sociedade civil organizada entenda que a droga prejudica. Inclusive campanhas de descriminalização das drogas têm colaborado para o crescimento da criminalidade no país”, finalizou Walter Cruz.

As investigações

De acordo com a Polícia Militar do Estado do Acre (MP-AC), testemunhas contaram que dois homens armados invadiram a residência da família de Cauã. Ele morava com a tia. Os suspeitos ainda não identificados foram até o quarto onde o jovem estava e efetuaram os disparos.

A Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa que está a frente das investigações, disse a vítima foi alvejada com três disparos. Os criminosos fugiram após o assassinato. Uma criança de 9 anos, presenciou o ataque e correu assustada para o quintal de casa.

A PM informou que o bairro onde o jovem foi vítima do crime é dominado e disputado entre grupos criminosos do tráfico de drogas.

Marina, inclusive, se recupera de uma terceira infecção da Covid-19, quando foi diagnosticada na quinta-feira da semana passada. Ela está afastada de suas atribuições ministeriais, cumprindo uma quarentena de cinco dias.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Leia mais: Retorno de Dirceu aprovado por Lula causa tensão nas correntes internas do PT

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