Várias evidências encontradas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) para a realização da ‘Operação Tempus Veritatis’ deflagrada na última quinta-feira (8), foram suficientes para chegar a Bolsonaro e seus aliados.
Após a operação que teve mandados de busca e apreensão. O STF pediu nesta sexta-feira (9), prisão, Filipe Martins Garcia, ex-assessor especial do presidente Bolsonaro, o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, que também atuou como ex-assessor especial, e o major Rafael Martins de Oliveira. O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, teve a prisão decretada após ser ouvido na Polícia Federal.
Em meio a provas minuciosamente avaliadas, agora ministro da Suprema Corte consideram que há fundamentos suficientes para a possível denúncia contra Jair Bolsonaro, além dos ex-ministros, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.
Segundo o colunista Guilherme Amado do Metrópoles, a responsabilidade de decidir sobre esse assunto recai sobre o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Os ministros estão considerando que a operação representou um ponto de inflexão irreversível. Em outras palavras, mesmo que anteriormente não houvesse evidências sólidas vinculando Bolsonaro ao 8 de Janeiro, agora essas evidências estão presentes.
Na visão da Corte, observa-se que os elementos obtidos pela PF antes da ação, como o vídeo da reunião ministerial, gravado no dia 5 de julho de 2022, onde discussões golpistas foram explicitamente abordadas. As evidências coletadas durante buscas e apreensões contra ex-ministros do STF nessa quinta-feira, apontam para a convergência em relação aos eventos golpistas na capital Federal.
Portanto, é esperado que sejam agrupados no mesmo conjunto a infiltração e a utilização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o contexto eleitoral de 2022, combinados com a propagação ‘fake news’ contra o sistema eleitoral do TSE. Segundo as conclusões da investigação, o círculo interno de Bolsonaro está sendo acusado de tentar abolir o Estado Democrático de Direito, promover uma tentativa de golpe de Estado e participar de uma associação criminosa nestas áreas específicas.
Ilustração: Marcus Reis
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