O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para falar do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista da parlamentar Anderson Torres, em 2018, em resposta após a suposta delação do ex-policial reformado Ronnie Lessa, um dos suspeitos envolvido no crime, conforme divulgado pelo O Globo, nesta terça-feira (23).
Ele citou o nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro TCE-RJ, Domingos Brazão, como mandante do crime da vereadora.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Bolsonaro repostou uma live de outubro de 2019, quando a TV Globo denunciou o crime. Na época, ele estava na Arábia Saudita e fez a transmissão após o encerramento do jornal.
“O caso Marielle se aproxima do seu final com a delação de Lessa (ainda não homologada). Também cessa a narrativa descomunal e proposital criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda”, disse o ex-presidente no X.
No vídeo feito pelo ex-presidente, ele ainda rebateu a matéria do telejornal em que um porteiro afirmava que Bolsonaro havia permitido a entrada de um dos suspeitos envolvidos no residencial. A pessoa em questão que entrou no condomínio foi Élcio Queiroz, ex-policial. Queiroz havia confessado à polícia na época dirigia o carro onde os atiradores estavam e dispararam contra a vereadora e o motorista.
– O caso Marielle se aproxima do seu final com a delação de Lessa (ainda não homologada). Também cessa a narrativa descomunal e proposital criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda.
– Quando a TV Globo denunciou o caso, em 30/out/2019, Bolsonaro estava… pic.twitter.com/Q7fantF3LG
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 23, 2024
O Caso
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram vítimas de homicídio no 14 de março de 2018. A execução teve lugar no bairro do Estácio, na cidade do Rio de Janeiro.
O veículo em que se encontravam foi alvo de 13 disparos. Marielle foi perseguida desde o bairro da Lapa, onde naquele dia, participava de um encontro político. A arma utilizada no crime foi uma submetralhadora HK MP5 de origem alemã, conforme investigação policial.
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