O prefeito de Borba Simão Peixoto foi preso novamente na manhã desta terça feira (09), em uma operação da Polícia Federal. A operação denominada “Voz do Poder” investiga supostos desvios de recursos públicos que seriam destinados à compra de merenda escolar em 2020, durante a pandemia de COVID-19.
Segundo as investigações, os kits de merenda escolar fornecidos não continham ou possuíam uma quantidade muito reduzida de carne de boi, bem distante da quantidade contratada. Além disso, constatou-se a ausência de charque nos kits, indícios de falsificação nos recibos de entrega e possíveis pagamentos sem comprovação documental.
O mandado judicial inclui também o afastamento do prefeito de suas funções públicas por um período de 180 dias para a coleta de provas. O mandato foi cumprido nas cidades de Borba e Manaus.
“A medida de prisão preventiva e o afastamento do cargo do prefeito foram solicitados após evidências de que ele conduziu uma videoconferência com servidores municipais intimados pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos relacionados à referida investigação. Neste encontro, o prefeito teria oferecido assistência jurídica e fretamento de aeronave, custeados pela Prefeitura, o que poderia representar uma tentativa de influenciar indevidamente as testemunhas”.
Histórico de processos e prisões
Não é a primeira vez que Simão Peixoto é alvo de prisões e investigações, em março de 2023, conforme noticiou O Convergente, o prefeito chegou a ser preso, solicitando, posteriormente, ao Supremo Tribunal Federal (STF) um Habeas Corpus.
O vice-prefeito de Borba José Pedro (PSD) também chegou a denunciar Simão Peixoto ao MPF por irregularidades no transporte escolar do município. Alvo de uma operação do Ministério Público do Estado, Simão Peixoto foi investigado por fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
O prefeito de Borba também já foi denunciado por falta de pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), no ano de 2021, sendo suspeito de chefiar uma associação criminosa no município.
O portal O Convergente entrou em contato com a assessoria do prefeito, que informou que ainda aguardava um posicionamento do jurídico. Assim, até o fechamento desta matéria, esse foi o retorno obtido. O espaço segue aberto para pronunciamentos posteriores.