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segunda-feira, julho 8, 2024

“Não tem a menor sensibilidade”, dispara Plínio Valério após falas de Marina Silva sobre BR-319 e ONGs

Durante a reunião, que ocorreu nesta segunda-feira (27), a ministra questionou a responsabilidade dela na construção da rodovia

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Em esclarecimentos à CPI das ONGs no Senado Federal, que tem como presidente o senador do Amazonas Plínio Valério, a ministra do Meio Ambiente Maria Silva questionou a responsabilidade dela na construção da rodovia BR-319, a qual os políticos amazonenses vêm cobrando com intensidade.

Durante a reunião, que ocorreu nesta segunda-feira (27), a ministra questionou o porquê a rodovia não foi construída nos últimos 15 anos em que esteve longe da pasta do Ministério do Meio Ambiente e, somente agora, o assunto voltou à tona.

“O estado do Amazonas teve ministro dos Transportes, tem senadores, deputados federais, teve até um vice-presidente [da República] e, durante esses 15 anos, essa estrada não foi feita”, disparou.

“Eu saí do Ministério do Meio Ambiente em 2008. Eu estou voltando em 2023, portanto, 15 anos depois. Por que não fizeram a estrada? Depois de 15 anos, dizer que a estrada não foi feita, porque eu não dei a licença…”, acrescentou.

Após a reunião com a ministra, Plínio Valério compartilhou um vídeo, nas redes sociais, onde afirmou que Marina Silva deixou explícito que é contra a construção do único meio que liga o Amazonas ao resto do país, por via terrestre.

“É duro conversar com esse pessoal, eles não têm a menor sensibilidade. Quanto à BR-319, ficou claro que ela é contra”, disse.

No geral, sobre a participação da ministra na CPI das ONGs, o senador do Amazonas alegou que ela e os demais presidentes de ONGs vivem em uma realidade paralela.

“Marina é o mesmo discurso daqueles presidentes de ONGs que já passaram aqui. Eles vivem em outro mundo que não é o nosso. O mundo deles é preservar o meio ambiente, não pode ter mudanças climáticas para salvar as novas gerações, em nome das gerações passadas e esquecendo do presente”, comentou.

Cobranças

Após ser cobrada por políticos do Amazonas por conta da construção da BR-319, em outubro, Marina Silva disse que a concessão das obras da BR-319 é um processo técnico e que estudos estão sendo realizados para verificar a viabilidade das obras na BR, sem impactar a sustentabilidade local. “Ninguém dificulta, ninguém facilita”, esclareceu a ministra.

No final de setembro, alguns parlamentares que compõem a bancada federal amazonense usaram as redes sociais para criticar a ministra, com relação às ações do governo sobre a BR-319.

Com a severa estiagem que atinge o Amazonas, os parlamentares defendem que a rodovia federal poderia ser um meio utilizado para reverter o impacto da força da natureza. Nas redes sociais, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) afirmou que a ministra Marina Silva é “inimiga” do Amazonas.

Outro parlamentar que teceu críticas à ministra foi o senador Omar Aziz (PSD). Apesar de ser aliado do governo Lula, o parlamentar disparou que a “culpa” cairia sob a responsabilidade de Marina Silva, caso os amazonenses passassem fome no período de estiagem.

Sem citar nomes, o senador Eduardo Braga (MDB) foi outro que comentou sobre o assunto. Ele afirmou que foi impossível segurar a revolta por saber tudo o que os amazonenses estão sofrendo por conta da estiagem, que poderia ser revertido, caso tivesse condições de trafegabilidade na rodovia federal.

Leia mais: Em evento do MDS, Roberto Cidade destaca importância de programas sociais e faz apelo pela BR-319

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Por Camila Duarte

Revisão textual: Vanessa Santos

Ilustração: Marcus Reis

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