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terça-feira, maio 20, 2025

“Vim pedir Justiça”, diz Yara Lins ao levar caso de violência no TCE-AM a Flávio Dino

O encontro ocorre logo após denúncias da presidente do TCE-AM contra o conselheiro Ari Moutinho por violência

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A nova presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), a conselheira Yara Lins, esteve reunida com o Ministro da Justiça Flávio Dino e com a senadora Soraya Thronicke (União), nessa quinta-feira (19). O encontro ocorre logo após denúncias da presidente do TCE-AM contra o conselheiro Ari Moutinho por violência.

No último dia 6 de outubro, Yara Lins formalizou denúncia contra o conselheiro na Delegacia-Geral do Amazonas. Ela afirma ter sido ameaçada e xingada por Ari Moutinho nas eleições do TCE-AM.

“Eu vim aqui ao Ministro da Justiça pedir justiça. Fui agredida covardemente com palavrões de baixo calão e ameaças. Acredito na justiça do meu estado e do meu Brasil. É o motivo de eu estar pedindo justiça. Com certeza há uma discriminação pelo fato de ser mulher. E eu acredito que mais por isso eu sofri essa agressão”, disse Yara Lins à imprensa.

Ao conversar com a imprensa, o ministro Flávio Dino comentou sobre o caso que ocorreu na Corte de Contas. “Infelizmente, há uma espécie de epidemia de violência política de gênero no Brasil. Desde janeiro tenho recebido parlamentares, vereadoras, deputadas, senadoras, chefes de Poder Executivo e, agora, a presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, que narra uma situação grave envolvendo um outro conselheiro”, iniciou.

De acordo com Dino, a Polícia Federal (PF) deve investigar esse caso de Yara Lins. “São dezenas de casos que chegaram ao Ministério da Justiça desde janeiro e foram transformados em inquérito policial que já tramitam na Polícia Federal. Muito recentemente houve mensagens padronizadas ameaçando parlamentares de ‘estupro corretivo’, e isso foi usado em centenas de mensagens. Isso configura uma série de crimes, e é por isso que a PF está investigando e agora teremos a agregação dessa nova situação”, comentou.

Além de Dino, a senadora Soraya Thronicke também levou o caso ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e à Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo ela, o ministro Moraes “está muito sensibilizado com o avanço dessa espécie de crime no país”.

“É que isso não acontece só aqui. Aqui nós estamos no centro com todo o aparato. E quem está lá no Amazonas, quem está lá no Amapá, quem está no Mato Grosso do Sul? Elas ficam distantes e dentro de um Judiciário, às vezes, politicamente difícil. Então pedi esse socorro para nós, que temos esse acesso”, destacou.

Leia mais: Após caso denunciado por Yara Lins, auditoria do TCU emite nota sobre cooperação com o TCE-AM

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Da Redação

Revisão textual: Vanessa Santos

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