Uma policial federal que ficou ferida na ocorrência em que a PF foi acionada para prender Roberto Jefferson está processando o ex-deputado e cobra indenização não inferior a R$ 1 milhão por danos morais, estéticos e psicológicos. De acordo com a advogada Estela Lopes, que representa a agente, a ação, que tramita na Justiça do Rio de Janeiro, pleiteia o pagamento de R$ 1 milhão.
Na ocasião em que a policial se feriu, o político atacou agentes da Polícia Federal com fuzil e granadas, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio. Ele segue preso desde outubro de 2022.
Segundo informações do jornal O Globo, no processo protocolado no fim de agosto perante a Justiça do Rio de Janeiro, a agente de segurança anexou laudos clínicos, exames médicos, prontuários, imagens de seus ferimentos, registros dos danos causados, o veículo da PF danificado pelos disparos e outras consequências do ataque realizado por Jefferson.
Seu parecer médico indicou “lesões na cabeça, no cotovelo direito e joelho esquerdo, além de uma grande e profunda lesão na área do quadril” provocada pelos fragmentos dos disparos e da granada lançada. Hoje em dia, a agente de segurança precisa conviver com cicatrizes nas áreas afetadas.
Ela também considera fundamental uma compensação devido à exposição de sua identidade e imagem na mídia, alegando que isso resultou em “difamação e desqualificação de sua imagem”. A agente lamenta que, desde o ocorrido, tenha enfrentado hostilidades de apoiadores de Jefferson.
“Essa situação de hostilidade contínua impõe uma carga adicional de sofrimento e injustiça, dificultando seu processo de recuperação e reintegração à sociedade”, argumenta a petição inicial da ação, que está tramitando na 1ª Vara da Comarca de Três Rios, Areal e Levy Gasparian, conforme informou o jornal O Globo.
De acordo com o relato da agente de segurança ferida, o ex-membro do parlamento empregou um conjunto de três granadas adulteradas com pregos e aproximadamente 60 disparos de rifle contra os agentes da Polícia Federal. Jefferson também documentou o próprio ataque em vídeos e imagens, posteriormente compartilhando esses registros na web.
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Com informações Agência Brasil
Revisão textual: Vanessa Santos
Foto: Divulgação