Compras internacionais de até 50 dólares (ou equivalente em outra moeda) feitas pela internet não terão mais a incidência do Imposto de Importação. É o que determina o Ministério da Fazenda, através de uma portaria publicada nesta sexta-feira 30 no Diário Oficial da União (DOU).
As regras passam a valer a partir do dia 1 de agosto. Para isso, é necessário que as empresas de comércio eletrônico, nacionais ou estrangeiras cumpram alguns requisitos, como fazer parte do Programa Remessa Conforme da Receita Federal e recolher impostos estaduais que incidem sobre a importação.
A Secretaria Especial da Receita Federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, vai elaborar relatórios de avaliação do programa, a cada dois meses. Dentre outras obrigações para as empresas que resolverem aderir ao programa, estão as seguintes:
- realizar o repasse dos impostos cobrados;
- detalhar as despesas tributárias para os consumidores;
- estampar a marca e o nome da empresa no pacote enviado ao consumidor;
- realizar o combate ao contrabando e ao descaminho.
As novas regras atingem, em especial, um mercado dominado, atualmente, pelas empresas Shein, Shopee e AliExpress. As três companhias ampliaram diálogo com o governo federal após uma tentativa de taxação das compras de até 50 dólares. A medida foi extinta após pedido do presidente Lula, mas abriu um canal de negociações para combate ao contrabando e nivelação de concorrência.
Como primeiro resultado das negociações, nesta quinta-feira, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, anunciou que, em julho, a Shein começará a produzir parte das suas roupas em uma fábrica no estado. A empresa tem planos de nacional até 85% da produção nos próximos anos.
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Por July Barbosa com informações CNN
Foto: Divulgação