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sexta-feira, julho 26, 2024

Lula pede desculpas por fala tida como ‘preconceituosa’ sobre PcDs após reação de representantes da causa

Na ocasião, Lula afirmou que pessoas que possuem problemas mentais têm “desequilíbrio de parafuso”

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Após fala tida como preconceituosa, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante uma reunião sobre violência nas escolas, realizado no dia 18, em Brasília, e, após contestações feitas por representantes da causa das Pessoas com Deficiências (PcDs), o chefe da nação utilizou suas redes sociais no último sábado, 22/4, para se desculpar pela declaração.

Na ocasião, Lula afirmou que pessoas que possuem problemas mentais têm “desequilíbrio de parafuso”. “A OMS sempre afirmou que na humanidade deve haver 15% de pessoas com algum problema de deficiência mental. Se esse número é verdadeiro, e você pega o Brasil com 220 milhões de habitantes, significa que temos quase 30 milhões de pessoas com problema de desequilíbrio de parafuso. Pode uma hora acontecer uma desgraça”, disse o presidente naquele período.

Pelo Twitter, Lula se desculpou e afirmou que “não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental”.

“Gostaria de pedir desculpas sobre uma fala que fiz na semana passada. Conversei e ouvi muitas pessoas nos últimos dias e não tenho vergonha de assumir que sigo aprendendo e buscando evoluir. Quero me retratar com toda a comunidade de pessoas com deficiência intelectual, com pessoas com questões relacionadas à saúde mental e com todos que foram atingidos de alguma maneira por minha fala”, disse.

O presidente também disse estar aprendendo e que todas as pessoas sejam incluídas e respeitadas em seu governo. “Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Como presidente de um país com uma grande parcela da população de PCDs, estou disposto a aprender e fazer o possível para que todos se sintam incluídos e respeitados. É assim que avançamos enquanto pessoas, país e sociedade”, completou.

Manifestações

Uma das pessoas que contestou publicamente a fala de Lula foi o apresentador global, Marcos Mion, que tem um filho com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mion considerou a fala como capacitista e que é necessário aprender e se adequar às nomenclaturas e não mais usar expressões pejorativas.

“Temos de nos policiar, de aprender, de nos adequar. Isso não só é muito pejorativo, quanto incentiva outras pessoas que continuem usando esses termos, que precisam ficar no passado”, disse.

Dados da OMS

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), através do Relatório Mundial sobre a Saúde Mental, cerca de um bilhão de pessoas do planeta sofrem com algum tipo de transtorno mental. Destes números, 14% são adolescentes.

A OMS afirmou que pessoas que convivem com doenças mentais possuem expectativa de vida entre 10 e 20 anos a menos do que a população geral.

Já durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19, o número de pessoas que sofrem de depressão e ansiedade aumentou 25% mundialmente.

Leia mais: Falas de Lula sobre guerra entre Rússia e Ucrânia geram polêmica

 

Da Redação com informações CNN

Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis

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