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sexta-feira, maio 17, 2024

Especialistas alertam sobre a segurança das escolas, após o ataque a creche em Blumenau

O ataque ocorreu em menos de dez dias após uma escola em São Paulo ser alvo de um aluno adolescente, que matou uma professora com golpes de faca e deixou outras três feridas, além de um estudante

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O ataque a creche que causou a morte de 4 crianças, está causando uma grande repercussão em todos os meios de comunicação. Uma creche foi alvo de um ataque na manhã desta quarta-feira (5), em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Políticos e autoridades repudiaram o ataque, segundo a Polícia Militar, um homem de 25 anos invadiu a instituição com uma machadinha e matou quatro crianças. Em seguida, se entregou à PM.

O psicólogo Rockson Pessoa, falou ao Portal O Convergente sobre o caso e como ele vê a situação psicológica do autor do crime. “Penso que primeiro ponto que deve ser considerado é que atitudes, ações como essa para além de serem criminosas, elas sinalizam uma sociedade que adoeceu né? Que adoeceu, uma sociedade bélica, acho que esse é o meu grande ponto”, declarou o especialista.

Além do mais, o Dr. frisou a participação da política nesses casos de ataques às instituições de ensino. “Eu acho que o ponto mais importante também é olhar pra questão política e debater uma questão política de entender estratégias, não estratégias de para armar a população porque a gente precisa que isso não resolve, mas estratégias que diminuem o discurso de ódio e diminuam também a expressão pessoal pruma marca bélica, ou seja, é necessário rediscutirmos estratégias ou medidas que fomentem a discussão de ideias, a discussão e a defesa do contraditório vai sem o a necessidade de exterminar o outro”, finalizou sua análise sobre o caso.

O ataque ocorreu em menos de dez dias após uma escola em São Paulo ser alvo de um aluno adolescente, que matou uma professora com golpes de faca e deixou outras três feridas, além de um estudante. Desde 2011, mais de 10 escolas foram atacadas por criminosos no Brasil.

O especialista em segurança pública, Coronel Walter, também falou ao O Convergente sobre as supostas mudanças que teriam que haver na segurança da instituição. “Bem, esse fato que aconteceu em Blumenau, Santa Catarina, nós temos que avaliar por dois prismas, né? O primeiro prisma da questão do transtorno pelo qual passava essa pessoa. Vejam que a existem no mundo tem dados da OMS de dois a quatro por cento de psicopatas no mundo inteiro. Então e o que é o psicopata? É o indivíduo que sofre um transtorno mental que pode gerar desde constrangimento até a morte e não mitilisagem assim e não tem remorso e é o que nós estamos vendo nesse cidadão, não é? E aí fica difícil como filtrar psicopatas numa escola que a pessoa chega e parece que é normal e pode atentar na escola. Nesse caso, por exemplo, o indivíduo pulou o muro”.

Walter também comentou como as escolas devem seguir a partir dessas tragédias. “Mas veja, tudo tem que ser avaliado, infelizmente o que aconteceu em Blumenau, é uma tragédia, uma cidade que é uma cidade tão turística como Blumenau, que nós conhecemos, né? E uma creche que nunca tinha tido nenhum tipo de ocorrência e aí vem o indivíduo com esse transtorno e comete esse crime. Então eu vejo que agora decorrente dessa ação é necessário que as escolas realmente tomem providência, inclusive aqui em Manaus, no Amazonas, não é? E melhore exatamente a segurança através da tecnologia. Eu creio que isso é um primeiro passo. Obviamente todo mundo reclama da segurança física, se colocar um segurança, não é? Mas tem um custo e aí tem que se verificar se for uma escola particular, falar com os pais e os e as mães, né? Pra verificar isso e se for escola pública e aí o governo tem que avaliar isso.”

A mãe de uma criança que estava na creche alvo de um ataque, relatou o desespero que sentiu assim que soube das mortes, Stephanie dos Santos Sestrem conta que estava no trabalho quando uma de suas amigas começou a ligar várias vezes. Logo depois, uma colega entrou na sala e contou que uma pessoa tinha invadido a escola onde a filha dela estuda.

“Na hora eu, desesperada, me joguei no chão, comecei a chorar e pedi ‘pelo amor de Deus, me leva para lá’. Abri o meu celular e vi que tinha mensagem da diretora falando do ataque” relatou.

Assassino

Segundo a polícia, o assassino é um homem de 25 anos que pulou o muro da creche e iniciou o ataque com uma machadinha. As vítimas foram atingidas na região da cabeça. Após a ação, ele se entregou ao Batalhão da PM. O suspeito tem passagens por porte de drogas, lesão e dano, segundo a Polícia Civil.

 

Por: Kalinka Vallença

Foto: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis

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