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segunda-feira, julho 8, 2024

Damares Alves quer vaga em comissão de crise Yanomami

Há três vagas disponíveis na comissão que monitora a crise humanitária em Roraima e senadora pleiteia uma delas mesmo sendo alvo de críticas sobre omissão quando ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos

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Damares Alves (Republicanos – DF), almeja vaga na comissão que monitora a crise humanitária dos Yanomami em Roraima. Nesta terça-feira (28), foi aprovado pelo Senado o pedido de Eliziane Gama (Cidadania -AM) e Humberto Costa (PT-PE), aumentando a comissão de cinco para oito senadores.

A senadora é criticada pelas ações de omissão durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. E mesmo assim anunciou seu nome declarando, “Posso colaborar muito. A comissão com mais senadores trará um relatório mais imparcial e mais completo”.

Entenda sobre o pedido de Cassação

Lembrando que no último mês, o PSOL fez pedido pela cassação de Damares por conta da crise sanitária na Terra Yanomami, a bancada diz que foi utilizado quebra de decoro parlamentar, “utilizou a máquina pública como um instrumento para uma política etnocida e racista contra povos indígenas”.

Um dos argumentos do partido foi o posicionamento da ex-ministra que defendeu “expressamente a prática do garimpo ilegal em terras indígenas, demarcadas ou não, bem como incentivando a invasão dessas áreas por grupos ilegais de madeireiros e pecuaristas”, uma vez que houve pedidos de auxílio do Povo Yanomami desde 2020, com registros de homicídios, estupros, contaminação por diversas doenças, inclusive Covid.

Damares Alves declara ser ‘mentiras da esquerda’
A respeito das acusações do PSOL, a senadora negou ter se omitido quanto a ajuda os Povos Yanomami, chamando de “mentiras da esquerda”, pois alegou que as ações não eram da alçada de seu ministério, “Eu era ministra dos Direitos Humanos, da Mulher e da Família. A Funai não estava no nosso ministério. Eu não posso ser responsabilizada por uma atribuição que não era minha”, declarou Alves.
Investigação sobre garimpo ilegal

A Polícia Federal montou operação para investigação de grupo de suspeitos que supostamente receberam um valor significativo para compra de ouro ilegalmente da terra dos Yanomami. O grupo envolvido teria movimentado R$ 162 milhões. São cumpridos 3 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de bens.

Esta é a terceira operação seguida contra financiadores da atividade ilegal em Roraima. São cumpridos 3 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de bens, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.

Saiba mais

Crise Yanomami: Governador de Roraima poderá responder por suspeitas de omissão e genocídio aos indígenas

Por July Barbosa com colaboração de textos do Convergente

Revisão textual: Érica Moraes

Foto: Reprodução

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