No depoimento durante a audiência de custódia, nesta segunda-feira, 24/10, Roberto Jefferson (PTB) negou que tenha atirado para ferir os agentes da Polícia Federal que foram até sua casa para cumprir a ordem de prisão de Alexandre de Moraes, no último sábado, 23/10. Ao falar do ministro, Jefferson deixou claro que, se fosse Moraes na sua porta, “a coisa teria sido diferente” e culpou Moraes e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de quebrar o PTB e retirar o fundo partidário da legenda.
“Eu faço 500 (quinhentos) disparos por semana e sei atirar. Eu teria atirado nos quatro policiais se eu tivesse a intenção de feri-los. Não atirei em nenhum com esse objetivo e pedi desculpas à Polícia Federal porque tive notícia de que estilhaços da granada atingiram um dos policiais”, disse Jefferson.
Ainda no depoimento, Roberto Jefferson disse que se o ministro Alexandre de Moraes tivesse ido à sua casa “a coisa seria diferente”.
“Se o ministro Alexandre de Moraes fosse o chefe da diligência, a coisa seria diferente. Se ele tivesse coragem para me enfrentar. Deixou de ser a relação juiz e jurisdicionado. Ele proibiu minha família e meus advogados de me visitarem. Ele quebrou o PTB e destruiu nossa obra. Ele junto com o TSE. Todo mês, cortam o fundo partidário. Não é uma coisa de juiz e jurisdicionado, virou de homem para homem. Ele me humilhou e humilhou a minha Ana. A mesma fibra ele tem, como eu tenho, a audácia dos canalhas. Só que nós precisamos nos encontrar pessoalmente para discutir isso, se o procurador não conseguir me colocar num manicômio”, disse Jefferson.
O cacique do PTB foi interrogado pelo juiz Airton Vieira, por videoconferência, na tarde desta segunda-feira, 24/10, e disse que foi tratado de forma cordial pelos policiais, após ser preso e não sofreu qualquer dano.
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Da Redação com informações Veja
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