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sexta-feira, novembro 22, 2024

Primeiro bloco de debate entre candidatos ao Senado é marcado por troca de acusações, bate-boca e poucas propostas

Ao contrário de outros debates já realizados, os candidatos primeiramente se alfinetaram para só depois de mais de 40 minutos começarem, de fato, a falarem de suas proposições

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O debate dos candidatos ao Senado Federal pelo Amazonas realizado na noite desta quinta-feira, 15/9, pelo Portal A Crítica foi bastante acalorado, com muitas acusações entre os participantes, bate-boca e pouca apresentação de propostas para melhorar a vida da população amazonense. Ao contrário de outros debates já realizados, os candidatos primeiramente se alfinetaram para só depois, de mais de 40 minutos, começarem de fato a falarem de suas proposições.

Participaram do debate os candidatos Arthur Neto (PSDB); Coronel Menezes (PL); Elissandro Bessa (Solidariedade); Luiz Castro (PDT); Marília Freire (Psol); Pr. Peter Miranda (Agir), e Omar Aziz (PSD).

O primeiro bloco do debate começou com tema livre, focado muito em saúde, principalmente na condução da pandemia da Covid-19 no Amazonas, Zona Franca de Manaus (ZFM), além de muitos ataques ao senador e candidato à reeleição, Omar Aziz.

O primeiro candidato a fazer questionamentos foi o vereador Bessa que perguntou a Omar Aziz se ele não achava que a culpa do presidente Jair Bolsonaro (PL) querer prejudicar a ZFM não seria dele, pela condução na Presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado.

Em resposta à Bessa, Omar disse que a culpa nunca foi sua e que mais de 10 mil empregos do Polo Industrial de Manaus (PIM) continuam ameaçados pela política “desastrada” de Paulo Guedes e defendeu a entrada de mais polos para aumentar o número de empregos.

“Nós ainda temos aí de 10 a 15 mil empregos que podem ser fechados graças à política desastrada de Paulo Guedes, que não tem compromisso com as pessoas, nem com a Amazônia e muito menos com o povo amazonense”, ressaltou Aziz.

Arthur Neto também falou sobre a CPI da Covid-19 e o pastor Peter Miranda respondeu afirmando que Omar Aziz só quis acusar o presidente da República. Arthur Neto disse que até o relatório da CPI da Covid -19 foi um “fiasco” e não puniu ninguém. Neste momento, o candidato Omar Aziz se alterou e disse palavras inaudíveis e o debate foi interrompido por alguns instantes.

Depois, Coronel Menezes fez um questionamento à Marília Freire sobre a Operação “Maus Caminhos” e a candidata sugeriu à equipe de Menezes que mudassem suas perguntas, pois já havia feito em debate anterior e ela já havia respondido.

Neste momento, a candidata respondeu e se emocionou ao lembrar do falecimento de seu irmão e disse que a amizade de Menezes com Bolsonaro não ajudou em nada o Amazonas, quando neste momento ela fazia a pergunta a Menezes, que quando foi responder o microfone estava desligado e teve que responder novamente o questionamento sobre a amizade dele com o presidente Bolsonaro para beneficiar os empregos da Zona Franca de Manaus.

Clima quente – O candidato Luiz Castro provocou Arthur Neto sobre o slogan de campanha dele que fala sobre respeito, questionando atitudes da vida política e pública de Arthur Neto. Em resposta, Neto usou um gesto muito usado por Luiz Castro e disse que ninguém pegava em seu pulso. “Neste pulso ninguém pega mesmo”, e questionou onde foi o erro em sua gestão pontuando que Castro também respondeu a um processo à frente da Secretaria de Estado de Educação (Semed).

Durante a discussão entre os dois candidatos, a esposa de Arthur Neto, Elizabeth Valeiko, não gostou da réplica feita por Luiz Castro, quando falou sobre o assassinato do engenheiro Flávio, e chamou Luiz Castro de “bandido”. Ela teria sido acalmada logo após a interrupção.

Após isso, houve uma pergunta de Peter Miranda para Bessa sobre novas matrizes econômicas e por sua vez Bessa disse que tudo o que estava acontecendo ali era “teatro” da “velha política” que está no comando do Estado há 40 anos e saiu “atirando” nos demais candidatos, falando que eles “estão com as mãos sujas”.

Passados mais de 40 minutos de debate, enfim uma pergunta sobre agronegócio e propostas, feita pelo senador Omar Aziz para Luiz Castro, que falou sobre como o Brasil tem se desenvolvido nesta área. Em sua tréplica, Omar disse que de fato queria ouvir as propostas dos candidatos e elevar o nível do debate, porque a população não merecia ver o que estava vendo naquele momento.

“Ninguém tá aqui para ver picuinhas entre um e o outro”, desabafou Omar Aziz. O candidato também criticou o pastor Peter Miranda e disse que ele faltou com a verdade ao falar dele anteriormente.

 

Da Redação

Foto: Reprodução Portal ACrítica

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