A farra com o dinheiro público continua em vários munícipios do interior do Estado, mesmo com alguns deles vivendo os impactos causados pela cheia dos rios. Em Borba, por exemplo, o prefeito da cidade, Simão Peixoto (PP), decretou estado de emergência no município no final do mês passado, e mesmo com vários problemas causados pela subida dos rios, ele pretende gastar mais de R$ 6,9 milhões com combustíveis e produtos derivados do petróleo.
A motivação do contrato, porém, não é explicada no Despacho de Homologação, referente ao Pregão Eletrônico Nº 014/2022. No documento, publicado no Diário Oficial da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) no inicio de maio, a Prefeitura diz apenas que o pregão teve como objetivo a “aquisição de combustíveis, gás GLP de 13 kg e outros derivados de petróleo”.
Além de não ter a motivação no documento e nem em outros documentos referentes ao procedimento licitatório, a quantidade dos produtos, valores individuais e tipologia do material a ser adquirido também não esta especificada.
Apenas as empresas vencedoras do certame e os valores firmados entre a Prefeitura de Borba e as mesmas foram descritos na publicação. Sendo a Autoposto Vieira Ltda, CNPJ nº 12.141.656/0001-03, com valor total de R$ 2, 1 milhões; a M. R. P. de Almeida, CNPJ Nº 27.360.719/0001-90, com contrato no valor total de R$ 387.694,00 (trezentos e oitenta e sete mil, seiscentos e noventa e quatro reais) e a Autoposto Lana´s Bella Ltda, CNPJ Nº 10.513.971/0001-99, firmando o contrato no valor total de pouco mais de R$ 4,3 milhões.
Confira:
Contrato suspeito – Umas das empresas, a Lana´s Bella Ltda, inclusive, teve um contrato firmado com a Prefeitura no ano passado, no valor de mais de R$ R$ 4,6 milhões.
O mesmo, feito de forma duvidosa conforme mostrou o Portal O Convergente no ano passado, teve validade de um ano e venceu no mês passado. Pelo contrato a empresa deveria fornecer combustíveis, gás GLP, o gás de cozinha (botijas de 13 kg) e derivados de petróleo.
Assim como no contrato atual, a Prefeitura também não detalhou qual seria o destino dos produtos e nem a quantidade especifica de cada material adquirido na compra.
Sobre o assunto O Convergente tentou contato com a Prefeitura de Borba, mas até a publicação da matéria não obteve retorno.
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Da Redação
Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis