O advogado e pré-candidato ao Governo do Estado do Amazonas, Marcelo Amil, foi o entrevistado desta terça-feira, 12/4, do quadro “Debate Político”, do O Convergente. Em setembro do ano passado, Amil anunciou sua filiação ao Partido Socialismo e Liberdade (PSol) para concorrer ao pleito deste ano, após o partido ao qual era filiado, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ter anunciado que não teria candidato ao Governo do Estado.
Nascido e criado na capital amazonense, Marcelo Amil é formado em Direito. Mesmo atuando como advogado, ele consegue conciliar bem a carreira profissional com a política e costuma ser bastante ativo em suas redes sociais, seja no âmbito jurídico ou político.
Ao falar sobre movimentação política do Estado, o advogado ressaltou que o Psol é um partido de tendências. “Em tese, somos uma federação partidária, ou seja, somos micropartidos dentro de um partido que é o Psol. Eu fui apresentado como pré-candidato pela tendência da qual faço parte, que é o fortalecer”, comentou Amil.
Ainda segundo o pré-candidato ao Governo do Estado, o objetivo do partido é aglutinar várias tendências em torno de um projeto, que é expandir o Psol no Amazonas para que a sigla adquira a mesma grandeza e relevância que possui em outros estados brasileiros, como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Pará.
“Estamos fazendo essa construção [interna] e os resultados estão começando a aparecer. Em muito tempo, nunca se viu um candidato do Psol sendo efetivamente mencionado em todas as pesquisas, tendo rejeições baixas, sendo chamado a debates relevantes como estamos vendo aqui no O Convergente. Estar ocupando este espaço, agora, é uma amostra de que a união do partido está dando resultado e que estamos conseguindo construir um partido relevante na sociedade”, frisou Amil durante a entrevista.
Carreira política – Nas eleições estaduais de 2018, Marcelo Amil concorreu ao cargo de deputado federal pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), porém, não foi eleito. Em 2020, concorreu às eleições municipais para o cargo de prefeito de Manaus pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), mas também não obteve êxito.
Enquanto candidato e personagem ativamente político na sociedade, Amil comentou sobre a principal diferença entre a sua campanha de 2020, e a sua campanha deste ano, para o Governo Estadual.
“[Falta] as pessoas saberem que eu existo. Em 2020, eu era simplesmente mais um nome entrando no processo. Tem até um episódio engraçado, que eu gosto de comentar sempre, do primeiro debate que eu participei na Bandeirantes. A diferença de tratamento que eu recebi ali. Não por parte da Band, mas por parte dos outros candidatos. Todo mundo me olhava de cima pra baixo”, relembrou o advogado.
Bastidores – Em relação às federações, Marcelo Amil ressaltou que o Brasil, hoje, possui três federações consolidadas: o Cidadania e o PSDB; o PT, o PCdoB e o PV; o Psol e a Rede Sustentabilidade.
“A federação é uma coligação duradoura. Antes a federação se exauria automaticamente, com o fim da eleição. Agora não. No momento em que um partido se federa, essa federação vai durar por quatro anos. Então, nós optamos pela federação com a Rede [Sustentabilidade], e eu acredito que será positivo para as duas legendas”, destacou.
Para o pré-candidato do Psol, o Governo do Estado representa uma perspectiva real de melhorar a vida das pessoas. “Como cidadão, eu posso fazer isso com uma pessoa. Quem pode fazer isso com a coletividade é o estado. E o estado tem o dever de fazer essas coisas. Então, é no estado que a gente vai poder transformar a vida de um grupo grande de pessoas, de modo que se reflita em uma sociedade melhor”, pontuou Marcelo Amil.
Confira a entrevista na íntegra:
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Por Narel Desiree
Fotos: Narel Desiree / Capa: Marcus Reis
