O ex-deputado federal Hissa Abrahão pediu afastamento da presidência regional do Partido Democrático Trabalhista (PDT). A carta de renúncia foi entregue nesta segunda-feira, 27/12, à presidência nacional da legenda. Hissa, que estava à frente da sigla no Amazonas desde março de 2016, informou ao O Convergente, que deixa a presidência do partido para focar na sua pré-campanha para deputado federal nas eleições de 2022.
Questionado se irá deixar o PDT, Hissa Abrahão falou que irá decidir sobre sua permanência na legenda apenas ano que vem e que “o momento é para fechar parcerias nos municípios do interior do Amazonas, visando o fortalecimento da sua pré-campanha no Estado”.
“Vou deixar para decidir isso ano que vem, no momento vou focar na minha pré-campanha e começo na semana que vem a visitar uns municípios e fechar umas parcerias que já estão encaminhadas. Tem muitas lideranças para eu visitar e como o Amazonas é muito grande requer muito tempo para me dedicar e dar atenção para todos”, declarou o ex-deputado ao O Convergente.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, juntamente com membros da diretoria da legenda no Amazonas, deverá definir interinamente o novo comando da sigla no Estado.
Apatia – Carlos Lupi esteve em Manaus no início deste mês e após receber visitas de nomes como Henrique Oliveira, Luiz Castro, Orsine Junior, professor Bibiano, Carol Braz e de reunir-se com a cúpula da sigla no Estado, dentre eles o deputado estadual Adjuto Afonso e o empresário Stones Machado, um dos fundadores do PDT no Amazonas, voltou à Brasília decidido a mexer na diretoria da sigla no Estado.
Conforme bastidores deste encontro, o deputado estadual Adjuto Afonso fez novas críticas a gestão de Hissa Abrahão e teria defendido que que o PDT tivesse uma nova postura para a eleição do próximo ano, destacando que nos Estados da Região Norte somente no Amazonas o PDT tinha baixa representatividade nos parlamentos.
Rusgas – No partido, Hissa Abrahão teve embate com o ex-governador do Estado, Amazonino Mendes, que era filiado ao PDT desde 2011 e acabou pedindo para sair da sigla por “difícil convivência com a presidência do partido no Amazonas”. Em 2017, Amazonino Mendes foi eleito pelo PDT como governador do Estado na eleição suplementar, no ano seguinte, quando tentava a reeleição, Hissa teria orientado sua militância a marchar contra Mendes, o que ocasionou um racha no partido.
Em 2016, Hissa foi afastado do PDT por 40 dias após ter descumprido a orientação do diretório nacional da sigla e votado a favor da admissibilidade do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT).
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Por Lana Honorato
Foto: Divulgação