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sexta-feira, julho 26, 2024

Especialista premiado em marketing digital revela estratégias usadas em campanhas vitoriosas no ‘Erica Lima Conversa’

O aumento de consumo das redes sociais no Brasil tem disparado nos últimos anos. Segundo Rodrigo Gadelha, essas mídias modificaram a maneira tradicional não só de venda de produto na publicidade, mas também tem feito mudanças radicais em campanhas eleitorais por todo o mundo

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O especialista em marketing político digital, Rodrigo Gadelha foi o convidado desta quinta-feira, 23/09, do quadro “Erica Lima Conversa”, do Portal O Convergente para debater sobre estratégias digitais em campanhas eleitorais. Ganhador do prêmio da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) de Inovação Digital em 2018 como melhor social media do ano, o estrategista falou sobre suas experiências em estatais e em campanhas estaduais e nacional.

Como estrategista digital e consultor em marketing digital, Rodrigo Gadelha trabalhou para grandes empresas como a Unimed, Bradesco, Chevrolet, Natura, Vale, entre outros. Segundo Gadelha, o conhecimento sobre as mídias sociais no momento em que as redes se popularizavam no Brasil foi o diferencial que as empresas buscavam para se introduzirem nos novos meios de socialização.

“Em duas semanas a equipe fez a Chevrolet ganhar cerca de um milhão de seguidores. Estamos falando de 2011. Então foi ali que eu aprendi a me envolver ainda mais com o digital, a entender não só a técnica. Eu sempre falo para as pessoas assim: digital não é só post, não é colocar algo nas redes sociais, é entender qual comunicação e como você quer envolver as pessoas”, explicou.

O aumento de consumo das redes sociais no Brasil tem disparado nos últimos anos. Um levantamento de 2018, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que sete a cada dez brasileiros estão conectados à internet. O estudo considera que de 211 milhões de habitantes brasileiros, 181,1 milhões estão inseridos nas plataformas digitais.

Segundo Gadelha, as redes sociais mais consumidas no país são o Facebook, como base da pirâmide, o WhatsApp, que é um aplicativo majoritariamente usado por brasileiros e o Instagram. Segundo ele, essas mídias modificaram a maneira tradicional não só de venda de produto na publicidade, mas também tem feito mudanças radicais em campanhas eleitorais por todo o mundo.

Campanhas eleitorais – Ao lado de nomes imponentes da política amazonense, Rodrigo Gadelha ingressou, em 2006, na campanha eleitoral do candidato Eduardo Braga. Conforme ele, na época o marketing digital ainda não era conhecido, mas em 2014, já como especialista em mídias sociais, fez a primeira campanha presidencial voltada para o Whats App no mundo, ao lado do candidato Aécio Neves.

“Nas eleições do Trump, ele foi o primeiro a fazer uma entrega de post para públicos segmentados. Eu consegui fazer um material segmentado. Usamos essa ideia na campanha do Aécio Neves. Tínhamos 26 públicos segmentados para 27 estados. No total, eram produzidas 450 postagens por dia. Essa campanha me proporcionou várias oportunidades para fora do país”, comentou.

Perguntado sobre a polarização política e se suas preferências partidárias influenciavam no seu trabalho, Gadelha explicou que como prestador de serviço, o trabalho dele é fazer o trabalho. Segundo o consultor, ele já trabalhou para partidos de esquerda e direita.

“Meu trabalho vai desde a esquerda para direita. Eu sou profissional, um profissional de comunicação. No meu caso de consultoria a gente presta um serviço. É como um vendedor de banca de pastel, se você chega de vermelho ou chega de verde amarelo o cara não vai dizer que não vai te vender o pastel, ele vai te vender o pastel. Então no meu caso eu presto o meu serviço”, afirmou.

De acordo com o comunicador, as eleições de 2022 serão diferentes. Apesar de competitiva, principalmente para o Governo Federal, Gadelha disse que a tendência para as próximas campanhas é que façam uso de uma comunicação emocional por parte dos candidatos.

“Há uma tendência para a eleição do ano que vem, para uma comunicação mais envolvente, mais emocional, mais pessoal, mas ainda assim trazendo problemas e soluções. As mídias sociais também serão muito utilizadas, não tem como fugir”, finalizou.

Confira a entrevista: 

Confira as fotos:

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Por Juliana Freire

Fotos e vídeo: Marcus Reis

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