Está previsto para esta quarta-feira, 8/9, o julgamento do recurso do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro que questiona a sentença que o condenou por pedofilia. O recurso, impetrado pelos advogados de Adail no mês passado, tem como base a sentença proferida pelo juiz Rafael Romano, que foi condenado pelo mesmo crime anos depois de sentenciar Adail Pinheiro. Adail questiona a imparcialidade do relator na época da sentença.
O recurso, que tem como relator do processo o desembargador Abraham Peixoto Campos Filho, vai ser analisado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). No processo, os advogados pedem a revisão criminal do processo sobre exploração sexual de crianças e adolescentes, onde Adail foi condenado a 11 anos de prisão.
O caso, que teve uma grande repercussão local e nacional na época, envolveu, segundo as investigações do Ministério Público (MPF) e da Polícia Federal (PF), políticos, empresários e até juristas em uma rede de prostituição e pedofilia comandada por Adail Pinheiro.
No pedido de revisão do julgamento de Adail, ocorrido em 2014, os advogados alegam que Rafael Romano, relator do processo na época, não poderia ter avaliado o caso, uma vez que o crime envolvendo o abuso de sua neta teria iniciado em 2009. Crime esse denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) e que levou a condenação do desembargador a 47 anos de prisão, no ano passado.
Já Adail, na sentença proferida em novembro de 2014, foi condenado e acusado de favorecimento à prostituição e improbidade administrativa.
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Da Redação
Foto: Divulgação