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quinta-feira, novembro 21, 2024

PF faz busca e apreensão na casa do governador Wilson Lima na 4ª fase da Operação Sangria

A ação visa cumprir 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária cumpridos na cidade de Manaus/AM e Porto Alegre/RS, além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24

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O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) é um dos alvos da Polícia Federal que cumpre na manhã desta quarta-feira, 2/6, a quarta fase da Operação Sangria, por meio da qual são investigados fatos relacionados a possíveis práticas de crimes, como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos.

A ação visa cumprir 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária cumpridos na cidade de Manaus/AM e Porto Alegre/RS, além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.

A residência do governador, no condomínio Jardim Vila Rica, na avenida Ephigênio Salles, é alvo de busca e apreensão pela PF. Também são alvos de buscas a sede do governo do Amazonas, a sede da Secretaria de Saúde, a casa do secretário de saúde, Marcellus Campêlo e a casa do dono do Hospital Nilton Lins, Nilton Costa Lins Júnior.

O secretário de Saúde Marcellus Campêlo, o empresário Nilton Costa Lins Júnior, Sérgio José Silva Chalub, Rafael Garcia da Silveira, Frank Andrey Gomes de Abreu e Carlos Henrique Alecrim John são alvos de mandado de prisão preventiva, pelo prazo de até cinco dias. O STJ autorizou também a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador e do secretário de Saúde.

Os mandados de prisão estão nos nomes de:

A PF não conseguiu cumprir o mandado em nome do secretário de Saúde Marcellus Campêlo porque ele estava a caminho do Rio de Janeiro para passar o feriado com os filhos, que residem naquela cidade, mas ao saber da operação e sobre o mandato de prisão estaria retornando a Manaus, para se apresentar à Polícia Federal.

Um dos alvos da Operação Sangria, o empresário Nilton Lins, dono do hospital cujo contrato é investigado pela Polícia Federal, teria recebido os agentes da Polícia Federal a tiros, conforme informação divulgada pelo site O Antagonista.

O advogado do empresário, José Carlos Cavalcante confirmou que Nilton Costa Lins Júnior recebeu os agentes com um tiro para o alto. “A família dele foi feita refém por bandidos armados no ano passado e ele, ao escutar a movimentação estranha, deu o tiro para o alto em tom de alerta, mas ao perceber que se tratava de agentes federais recuou e explicou o porquê da ação”, disse o advogado.

José Carlos Cavalcante reclamou de a Polícia Federal não ter permitido o acesso dele e de outros advogados aos clientes que estão sendo alvos da operação de busca e apreensão.

Investigações – Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, no hospital de campanha Nilton Lins que, de acordo com os elementos de prova, não atende às necessidades básicas de assistência à população, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.

Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.

Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.

Julgamento – O julgamento pela corte especial do pleno do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de 17 pessoas denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto envolvimento na compra superfaturada de respiradores em uma loja de vinhos pelo Governo do Estado foi adiada desta quarta-feira, para o próximo dia 28/6. Entre os réus estão o vice-governador Carlos Almeida (PSDB) e os ex-secretários de Saúde, Rodrigo Tobias e Simone Papaiz. O processo envolve também o govenador do Estado Wilson Lima (PSC).

E menos de um ano, essa é a quarta operação realizada pela Polícia Federal, que mira a gestão de Wilson Lima, no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no Estado. Nem a Secretaria de Comunicação do Governo (Secom) e nem a de Saúde (SES) emitiram nota de esclarecimentos até o momento.

Na SES, os servidores estão sendo liberados de suas atividades, uma vez que os agentes da PF permanecem na sede da secretaria fazendo busca e apreensão nos gabinetes e departamentos do órgão.

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Da Redação

Fotos: Divulgação e Marcus Reis

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