As médicas Jurema Werneck, Mayra Pinheiro e Nise Yamaguchi serão ouvidas como testemunhas na CPI da Covid, no Senado, em datas ainda a serem definidas, conforme requerimentos aprovados nesta quinta-feira, 13/5, na abertura dos trabalhos da comissão. Também foram acolhidos pedidos de informações ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), bem como à Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom).
As solicitações ao MRE e à Abin são para apurar as declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro de que há possibilidade de estar em curso uma “guerra química, bacteriológica e radiológica” por nação estrangeira. E à Secom para informações sobre campanhas publicitárias realizadas pelo órgão.
Resumo – Esta semana foi marcada pelos depoimentos do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, na terça-feira, 11/05; do ex-secretário de Comunicação do Governo Federal, Fábio Wajngarten, na quarta-feira, 12/05; e do diretor-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, nesta quinta-feira, 13/05.
As reuniões são semipresenciais, e os depoentes são aconselhados a estarem fisicamente na CPI da pandemia. O encontro da CPI com Carlos Murillo, nesta quinta (13/5), é o oitavo desde sua instalação, em 27 de abril deste ano.
Perfis – Jurema Werneck é médica e Doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e representante do Movimento Alerta, formado por instituições como Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Associação Brasileira de Imprensa e Anistia Internacional. O movimento consolida dados sobre óbitos ocorridos durante a pandemia. É também diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil. Fazem parte da trajetória profissional a luta pela garantia do acesso à saúde e aos direitos humanos.
Mayra Pinheiro estará na CPI na próxima quinta-feira, 20/05. Conhecida como ‘Capitã Cloroquina’, devido à defesa do uso do medicamento contra Covid-19; a médica, atualmente, é secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde (MS) e responde a uma ação de improbidade administrativa em decorrência da crise na saúde do Amazonas. A pediatra também já foi presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará.
Nice Yamaguchi é médica oncologista e imunologista conhecida, também, por defender o uso da cloroquina em casos leves da Covid-19. Chegou a ser cotada para assumir o MS após saída do ex-ministro, Luiz Henrique Mandetta. A profissional foi citada pelo diretor presidente da Anvisa, Antonio Barras Torres, no último dia 11, deste mês, durante depoimento à CPI da Pandemia, por ter sugerido, segundo ele, a alteração da bula da cloroquina.
Agenda de depoimentos:
- 18/5 (terça-feira): ex-ministro das Relações Exteriores (MRE), Ernesto Araújo;
- 19/5 (quarta-feira): ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello;
- 20/5 (quinta-feira): secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro;
- 25/5 (terça-feira): presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade (AstraZeneca);
- 26/5 (quarta-feira): presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas (Coronavac);
- 27/5 (quinta-feira): presidente da União Química, Fernando de Castro Marques (Sputinik V).
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Com informações da assessoria de comunicação
Foto: Ariel Costa