O Palácio do Planalto articula a realização, pelo terceiro ano seguido, de um ato público em memória dos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em Brasília. A mobilização está marcada para o dia 8 de janeiro, na capital federal.
A organização do evento ficará sob responsabilidade do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), designado diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para a data, Lula já determinou a presença de todos os ministros do governo.
Também devem ser convidados representantes do Legislativo e do Judiciário, além de ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares e comandantes das Forças Armadas.
Em 2024, os presidentes da Câmara e do Senado optaram por não comparecer ao ato, em meio a um ambiente de tensão institucional envolvendo a liberação de emendas parlamentares e discussões sobre a possibilidade de anistia aos envolvidos nos ataques.
Neste ano, a cerimônia ocorre em um contexto distinto, marcado pela condenação dos acusados de participação na tentativa de golpe, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e oficiais-generais. Outro elemento novo é a aprovação, pelo Congresso Nacional, do Projeto de Lei da Dosimetria, que reduz as penas aplicadas aos invasores e, por consequência, aos articuladores do movimento.
Há expectativa de que Lula anuncie o veto ao projeto justamente no dia do ato, como sinalização política contrária à proposta. O discurso presidencial deve enfatizar a defesa da democracia e trazer críticas diretas ao governo anterior.
*Com informações da CNN
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