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sábado, junho 7, 2025

“Perseguição política”, diz Anne Moura após ter nome ligado a denúncias de ONG

Nesta semana, o nome da ex-candidata a vice-governadora do Amazonas ganhou destaque nacional por suspeita de irregularidade financeira

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Nesta semana, a ex-candidata a vice-governadora e atual secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, teve seu nome associado a supostas irregularidades financeiras envolvendo uma ONG, conforme reportado pelo jornal Estadão.

De acordo com a reportagem, o Instituto de Articulação de Juventude da Amazônia (IAJA) – fundado por Anne Moura – não teria cumprido as exigências previstas no termo de fomento de um projeto no valor de cerca de R$ 1,2 milhão. Além disso, teria realizado subcontratações com verba pública — o que é alvo de questionamento. Ainda segundo o Estadão, o Ministério do Trabalho suspendeu as atividades financeiras do termo até uma decisão final, que aguarda manifestação da entidade envolvida.

Em março deste ano, Anne Moura já havia se pronunciado publicamente sobre o caso, após surgirem denúncias relacionadas a possíveis irregularidades financeiras. Na ocasião, a dirigente mencionou uma gravação.

Segundo o Estadão, a gravação seria uma conversa entre Anne Moura e o ex-presidente do IAJA, Marcos Rodrigues. No diálogo, conforme a reportagem, os dois discutiriam o suposto uso de recursos públicos federais, recebidos pela ONG, para apoiar campanhas nas eleições municipais — prática proibida por lei.

O caso ganhou novo destaque após o Ministério do Trabalho e Emprego determinar a devolução de mais de R$ 580 mil que já teriam sido utilizados pela entidade, sob suspeita de irregularidades na aplicação dos recursos.

Mais uma vez, Anne Moura foi citada no contexto do caso de suposta irregularidade em ONG, que repercutiu nacionalmente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (27), a secretária afirmou ser alvo de perseguição política por parte do ex-presidente da entidade:

“Esclareço que não integro a direção do Instituto IAJA e lamento que, mais uma vez, meu nome esteja sendo alvo de ataques infundados. É evidente que se trata de uma perseguição pessoal e política promovida pelo ex-presidente da entidade, movida por interesses alheios ao compromisso público e coletivo que sempre defendi. Sigo com tranquilidade, confiança na Justiça e foco no trabalho que realizo com responsabilidade e ética”, afirmou Anne Moura.

Em nota, o Instituto IAJA declarou que atua com transparência e responsabilidade, e que está adotando as providências cabíveis para restabelecer a verdade dos fatos:

“O IAJA reafirma seu compromisso intransigente com a gestão ética, transparente e eficiente dos recursos públicos, especialmente aqueles voltados à qualificação profissional da juventude amazônica e dos beneficiários do programa em questão. Reiteramos ainda a irrestrita observância aos preceitos da legalidade e da publicidade na condução de nossas ações, mesmo diante dos entraves administrativos oriundos de processos de transição interna.”

Em retorno para O Convergente, Marcos Rodrigues afirmou que o posicionamento de Anne Moura ao alegar ‘perseguição política’ é para desviar o foco das denúncias.

“O meu posicionamento sobre a denunciada continua sendo o mesmo. Os áudios comprovam o comportamento, as práticas e o modus operandi dela com a instituição. Esse pronunciamento é mais uma falácia sobre perseguição política, é um meio dela desviar o foco das denúncias que estão sendo investigadas pela justiça e pelos órgãos de controle e ministérios do governo federal que firmaram parcerias com o Instituto IAJA”, diz um trecho da nota.

Ele ainda apontou que o conflito entre os dois é por “ela ter colocado o projeto político pessoal dela acima dos interesses da organização e das leis que regem a sociedade civil.”

“As irregularidades que foram encontradas agora são resultado do atravessamento, da arrogância e da interferência dela na minha gestão, na condução e execução dos projetos. Por várias vezes ela me disse que se houvesse algum problema o jurídico dela emitiria uma nota pra justificar as irregularidades ou problemas na prestação de contas dos projetos. E tudo foi feito com aval e sob pressão para que ela tivesse acesso ao recursos financeiro do projeto através de empresas terceirizadas indicadas ela”, disse.

Leia mais: TCE dá 30 dias para prefeito Pedro Guedes explicar possíveis irregularidades em processo seletivo da saúde em Careiro da Várzea

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