O titular da Ouvidora-Geral da Prefeitura de Manaus, Leonel Feitoza, empurrou nesta segunda-feira, 21, um repórter que cobria manifestação de motociclistas por aplicativos que cobram, desde a semana passada, a revogação de uma lei que afeta a categoria na capital amazonense.
O caso aconteceu com o jornalista João Paulo Castro, do portal Radar Amazônica, em frente à sede da Prefeitura de Manaus, na Avenida Brasil. O profissional da comunicação participava da cobertura do ato e tentava entrevistar Leonel Feitoza, quando o ouvidor agiu com grosseria e empurrou o microfone do repórter.
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O grupo de motociclistas que estava no local ouvindo o servidor chegou a agir com a atitude do titular da Ouvidoria e expulsou Leonel Feitoza, que se desloca rapidamente para o portão para entrar na prefeitura.
O jornalista João Paulo Castro ainda tenta questionar o ouvidor e pergunta o motivo dele não querer conceder entrevista.
“Só estamos vendo se a prefeitura tem uma explicação para dar para eles [os motociclistas. […] Estamos querendo fazer o nosso trabalho, e o Leonel Feitoza age dessa forma com a nossa equipe de reportagem, com arrogância e completamente ignorância”, lamentou o jornalista.
Manifestação em Manaus
Os motociclistas por aplicativos cobram, desde a semana passada, a revogação da Lei Municipal nº 3.379/2024, derivada do Projeto de Lei 285/2024 do prefeito David Almeida (Avante), que regulamenta o serviço de mototáxi convencional e por aplicativos na capital amazonense e é alvo de críticas entre os trabalhadores.
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Segundo os motoristas, a nova lei pode acabar com o serviço por aplicativo por conta de uma série de exigências. Sancionada em 12 de setembro de 2024 pela Prefeitura de Manaus, a Lei 3.379 tem como principal crítica a limitação da operação por meio dos aplicativos, cujos motoristas devem atender diversos requisitos para estarem aptos a atuar.
Os motociclistas chagaram a promover uma manifestação, na última quarta-feira, 16 em frente à Câmara Municipal de Manaus (CMM), pedindo a revogação do texto.
Nesta segunda-feira, 21, os condutores realizaram nova manifestação pelas ruas de Manaus e na prefeitura da capital amazonense cobram por medidas urgentes contra o texto.
Sem retorno
O Convergente entrou em contato com a Prefeitura de Manaus e solicitou um posicionamento sobre o empurrão do ouvidor-geral do município contra um jornalista. Até a publicação da matéria, sem retorno.
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