Apesar do Governo Federal firmar o compromisso de retomar a pavimentação da rodovia BR-319, condutores relatam que o asfalto em alguns trechos da rodovia federal estão sendo retirados. A estrada é o único meio que liga o Amazonas ao resto do Brasil por via terrestre.
De acordo com uma denúncia recebida pelo O Convergente, condutores que trafegam no Km 180 da Rodovia BR-319, próximo à ponte do Tupana, sentido Manaus/Porto Velho, apontaram que o asfalto da rodovia estava sendo retirado. Ainda segundo o denunciante, a estrada segue sem pavimentação até o quilômetro 198 da rodovia, o mesmo quilômetro que está no plano de obras do governo federal.
Com o trecho da rodovia inteiro no barro, o denunciante ainda alerta sobre a trafegabilidade na via em casos de chuva, uma vez que pode ocasionar acidentes.
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Recuperação
Em junho, o Ministério dos Transportes publicou o relatório sobre obras de recuperação da BR-319. O documento aponta que há viabilidade para as intervenções no que é conhecido como Trecho do Meio, que vai da Ponte sobre o Rio Jordão ao entroncamento com a BR-230 (km 250 ao km 655,7). E também na Linha C-1, que inclui a travessia do Rio Tupana (km 177,8 ao km 250).
Para o mês de julho, ficou estabelecido o início de uma série de reuniões para a elaboração de Acordos de Cooperação Técnica, entre o Ministério dos Transportes, autoridades do governo estadual e órgãos de controle ambiental.
Os debates sobre a recuperação da via se intensificaram no ano passado, após o Amazonas enfrentar uma seca histórica. Depois de pressão dos políticos do Amazonas para a recuperação da BR-319, o trecho do meio da BR-319, um dos mais críticos da rodovia, foi incluído no Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA). Com isso, a recuperação da via ficou estabelecida para ocorrer no período de 2024 a 2027.
Um dos principais impasses para a retomada das obras na rodovia era a polêmica do ‘trecho do meio’, que possui 405 quilômetros de extensão e corresponde à área com maior adensamento vegetal da BR-319.
Outro lado
Com a denúncia recebida, O Convergente entrou em contato com a assessoria de comunicação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, bem como também entrou em contato com o superintendente do DNIT no Amazonas, para esclarecimentos. Até a publicação deste material, não houve retorno. O espaço segue aberto para justificativas.