O ato do ex-presidente Bolsonaro reuniu cerca de 750 mil pessoas neste domingo (25) em São Paulo. Deputados e ex-políticos do Amazonas marcaram presença na Avenida Paulista na manifestação convocada por Bolsonaro no dia 15 de janeiro. Jair Bolsonaro e alguns de seus aliados políticos são alvos de investigação da Polícia Federal (PF) por tentar planejar uma possível tentativa de golpe contra o resultado pleito de 2022.
Deputados estaduais, federais e ex-políticos do estado foram até São Paulo para dar apoio ao ex-militar, ovacionado por cerca de 750 mil apoiadores ao chegar de trio elétrico no evento às 15 horas. A concentração do ato iniciou pela manhã em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).
O ex-candidato ao Senado, Coronel Menezes (PL), foi um dos apoiadores que encabeçou o movimento nas redes sociais. Ele e a filha, a deputada Débora Menezes (PL), foram para São Paulo, no sábado (24), um dia antes do ato.
“Muito feliz de estar hoje, 25 fev 2024, nesse dia histórico para o nosso país, na Av. Paulista, com a deputada Débora Menezes representando o nosso Amazonas! Que abençoe o nosso estado e o BRASIL! Selva!”, disse Menezes no post em seu perfil no Instagram.
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De cima do trio elétrico, a deputada registrou a multidão na Paulista e ainda publicou um vídeo, além de criticar o atual governo do país.
“O recado das ruas foi claro. Nós não compactuamos com o atual desgoverno. Nós lutaremos até o fim pela nossa democracia, pela nossa liberdade […] O Amazonas está bem representado. Contem sempre comigo”, narrou a parlamentar do Amazonas, no vídeo publicado postado durante o ato.
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Na via, que é um dos cartões postais do Brasil, o deputado Delegado Péricles (PL) não ficou de fora do evento e mencionou a presença de pessoas de todas as idades. ‘Homens, mulheres, crianças, idosos, famílias, todos com um único objetivo: um país melhor para todos. Deus, Pátria, Família e Liberdade!’, contou o parlamentar.
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O deputado federal Capitão Alberto Neto, fiel apoiador de Bolsonaro na mesma sigla, postou uma foto ao lado do ex-militar da reserva durante o ato na tarde deste domingo na capital paulista. Ao lado do político, disse: “Hoje, a voz do Presidente Bolsonaro saiu da Av. Paulista e ecoou por todo o Brasil, pelo fim das perseguições contra a oposição, pedindo que o estado democrático de direito seja respeitado. É uma honra estar ao lado do Presidente em um dia histórico para o nosso país. Lealdade e honra sempre.
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Quem reapareceu na cena política e não era visto há muito tempo foi o ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, ex-PSDB. Vale lembrar que o Arthur chegou a ser chamado de ‘bosta’ por Bolsonaro durante uma reunião ministerial em abril de 2020, após ser criticado por abrir várias covas coletivas na época da Pandemia de Covid-19.
E pelo visto, parece que a troca de farpas com o ex-presidente não foi lembrada ontem durante a participação no ato. No final de 2022, o também ex-senador da República indicou, através das plataformas online, sua participação no evento. Arthur ajustou sua retórica política buscando atrair o eleitorado que apoia Bolsonaro em Manaus, onde o presidente teve o maior número de votos no Amazonas.
Arthur postou um vídeo ao lado de apoiadores com a seguinte legenda: “Agradeço cada gesto de carinho de todo o povo de bem que está reunido na Paulista. Um dia histórico, gigante, e que vai marcar a história do nosso país!”.
Em agosto de 2022, Arthur Neto também criticou novo decreto de Bolsonaro contra a ZFM: ‘Se estivesse lá [Brasília], isso não aconteceria’. Essa A medida foi publicada na última em 29 de julho e também zerou o IPI dos xaropes de refrigerantes, acabando com a vantagem fiscal das indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus.
Motivo do Ato de Bolsonaro
O antigo chefe de Estado foi alvo da ação Tempus Veritatis, iniciada em 8 de fevereiro. Sob a ordem do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), foi obrigado a entregar seu passaporte às autoridades e prestou depoimento. Além de Bolsonaro, que também está inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, a família também enfrenta uma crise política, com Carlos Bolsonaro suspeito de chefiar a ‘Abin Paralela’, também apurada pela Polícia Federal.
Ilustração: Marcus Reis / Foto: Nelson Almeida
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