O novo líder da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) na Câmara dos Deputados, deputado Eli Borges (PL-TO), disse em uma entrevista ao Metrópoles a percepção de que o Brasil enfrenta atualmente um cenário de “igrejafobia” e “bibliofobia”. Segundo o deputado, a suposta “perseguição” contra o segmento está em sintonia com as políticas do governo petista.
O deputado assumiu a liderança da bancada evangélica na última quarta-feira (7). Ele vai compartilhar a posição com o parlamentar Silas Câmara (Republicanos-AM). Os políticos vão se revezar na chefia da frente parlamentar a cada semestre.
Borges fez essa afirmação em resposta a perguntas sobre a conexão da bancada com o governo federal. Durante a campanha presidencial de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empreendeu esforços para se aproximar desse segmento, no qual tem menor popularidade.
A ligação enfrenta desafios, pois a maioria da bancada evangélica, composta por 135 deputados e 22 senadores, é formada por membros de partidos conservadores, incluindo o PL e o Republicanos. Temas apoiados pelo governo federal, como direitos LGBTQ+ e educação sexual, são vistos de maneira desfavorável por esse grupo.
“A gente está vivendo um tempo no Brasil muito perigoso, que eu chamo de igrejafobia, bibliofobia. E agora parece que estão criando a figura do sacerdotefobia. É horrível isso, porque são pessoas que estão aparelhadas com as políticas públicas do governo federal”, avaliou Eli Borges.
No entanto, o político sugeriu que o Supremo Tribunal Federal deveria se envolver menos nos assuntos do Poder Legislativo.
“Temos que entender que isso já é pacificado pelo Supremo Tribunal Federal, que a priori precisa de xeretar um pouco menos o Poder Legislativo brasileiro, com todo respeito aos ministros, sobretudo alguns deles”, declarou Eli Borges.
De acordo com o legislador, as metas da bancada para este ano consistirão em “perseguir os objetivos” do grupo.
“Defesa da família nos moldes judaico patriarcal, que é o modelo da biologia, da ciência, para defendermos a liberdade e no contexto da democracia, especialmente a religiosa, respeitando todas as religiões”, concluiu o líder.
Ilustração: Giulia Renata
Receba no seu WhatsApp notícias sobre a política no Amazonas.