Com os desdobramentos da ‘Operação Vigilância Aproximada’, que atingiu a família Bolsonaro (PL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu às críticas do ex-presidente em relação à ação da Polícia Federal (29) deflagrada nesta segunda-feira (29), na qual o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-chefe do Executivo federal, foi alvo.
O petista refutou qualquer alegação de perseguição, como foi afirmado pelo político do PL. “Ele proferiu uma grande inverdade; o governo brasileiro não tem controle sobre a Polícia Federal, muito menos sobre o Judiciário. Há um processo, uma investigação e uma decisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal que ordenou busca e apreensão, suspeitando da má-fé envolvendo a Abin, cujo delegado responsável tinha ligações com a família Bolsonaro”, declarou Lula na terça-feira (30).
Ainda na segunda, antes de baterem na residência para cumprir um mandado de busca e apreensão relacionado a uma investigação sobre um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a equipe da PF constatou que a família Bolsonaro estava presente no local.
E após a operação, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, em entrevista à CNN e disse ainda estar sendo “perseguido pelo governo do Lula”.
Durante uma entrevista à CNN, Bolsonaro expressou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Superior Tribunal Federal (STF), após a operação policial. O ex-presidente também alegou estar sendo “perseguido pelo governo de Lula”.
No entanto, Lula não ficou por trás e rebateu Bolsonaro durante questionamento de radialista da CBN de Recife. O atual Chefe de Estado afirmou não considerar um “problema anormal, é uma decisão judicial” e ressaltou a importância da presunção da inocência, “que eu não tive”.
“Sempre tive respeito e acho que a PF não pode exorbitar em fazer pirotecnia. Quer investigar, investiga, mas não faça show pirotécnico, não divulgue o nome antes de ter prova concreta”, concluiu ainda Lula.
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