O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, anulou a decisão da Justiça Federal e determinou o desarquivamento da investigação sobre supostas omissões e irregularidades cometidas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) na pandemia da covid-19.
Em consequência, a Procuradoria-Geral da República (PGR) terá que reavaliar se há, ou não, indícios de crimes nas condutas do ex-presidente Jair Bolsonaro, do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (atual deputado federal pelo PL-RJ), dentre outras pessoas. Segundo a decisão, a PGR deve fazer uma avaliação a partir de um relatório produzido pela PF.
O ministro Gilmar Mendes considerou que o arquivamento foi irregular, porque Pazuello tem foro privilegiado e qualquer decisão envolvendo o nome dele só poderia ter sido tomada pelo Supremo.
A investigação está sob sigilo e irá apurar, a partir das conclusões da CPI da Covid, crimes como epidemia com resultado morte, emprego irregular de verba pública, prevaricação e comunicação falsa de crime. Se somados, os crimes podem render mais de 70 anos de prisão para Bolsonaro.
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Edição: Karina Garcia, com informações do Globo.com
Ilustração: Giulia Renata Melo
Revisão: Vanessa Souza.