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sexta-feira, outubro 4, 2024

Interpretação ‘errônea’ do Exército em decreto de suspensão de armas paralisa atividades de blindagem de veículos no Brasil

Além da paralisação por erro de interpretação,, algumas notícias “duvidosas” sobre o veto na atividade foram divulgadas nas redes sociais de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro

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A interpretação “errônea” sobre a blindagem de veículos gerou incômodos para empresas que realizam blindagem de veículos em todo o Brasil, que questionaram o fato de a atividade está submetida ao mesmo decreto das armas, o que fez com que ficassem parados durante este período.

A paralização veio após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogar, no início do ano, por meio do decreto Nº. 11366/2023, os registros para a aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores e particulares, e instituir um grupo de trabalho para apresentar nova regulamentação à Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Blindagem (Abrablin), Marcelo Silva, em entrevista concedida ao UOL, nesta semana, houve uma interpretação errada por parte do Exército em algumas regiões do Brasil, que interpretou “erroneamente” a revogação e suspendeu os registros. “Fui até Brasília e entreguei um ofício passando essa informação, mas ouvi que o Exército quer um parecer jurídico antes de liberar novos registros e isso não tem prazo para acontecer”, disse ele à reportagem do UOL.

No entanto, nesta quinta-feira, 9/2, Marcelo Silva veio a público tranquilizar as empresas do ramo, pontuando que a situação já está sendo resolvida e que as atividades já voltaram a funcionar.

“Houve sim um pequeno problema por interpretação. O presidente atual assinou um decreto no dia 1º de janeiro com o objetivo de regular ou controlar armas e munições e, infelizmente, dentro do decreto tinha um termo que falava de veículos blindados. Na verdade, isso foi tratado com muito cuidado pelo Exército Brasileiro (EB), que é quem cuida e controla este segmento, e já está tudo resolvido. Oficiosamente recebemos um comunicado do Exército  que já foi tudo sanado”, disse Marcelo Silva. 

Notícias “duvidosas” – Com isso, muitas informações duvidosas se espalharam na internet afirmando que a blindagem de veículos no país estava vetada, principalmente no núcleo de apoiadores do ex-presidente Jair de Bolsonaro (PL). 

Entre os parlamentares bolsonaristas que publicaram sobre a questão da blindagem, está o deputado do Rio de Janeiro, Carlos Jordy (PL-RJ), que afirmou que Lula afetou as atividades de blindagem. 

“O desgoverno Lula é o governo da destruição. Ao promover um revogaço dos decretos sobre armas do Presidente Bolsonaro, Lula fez sem ler e acabou afetando a indústria de blindagem de veículos. Aliás, se ele fez sem ler, foi incompetente. Contudo, pode ter sido intencional, já que Lula sempre se mostrou a favor dos bandidos”, escreveu ele no Instagram.

O deputado amazonense Capitão Alberto Neto (PL) também comentou sobre a paralisação e disse que isso traria prejuízos ao país e causaria desemprego.

“Isso ocasionará grandes prejuízos e até demissão em massa no setor. PREOCUPANTE!”, escreveu ele no Instagram.

Decreto revogado – O decreto revogado por Lula era de setembro de 2019 e facilitava o acesso a armamentos, suspendendo, assim, os registros para aquisição e transferência de armas e munições de uso restrito, dentre outras medidas.

Da Redação com informações UOL e Yahoo

Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis

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