O deputado estadual Sinésio Campos (PT) voltou a cobrar celeridade na apreciação do recurso judicial que visa derrubar a liminar que instalou a CPI da Energia, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Conforme o deputado, que é presidente da comissão, a morosidade prejudica não somente o prosseguimento da CPI, mas a população, que continua sendo humilhada com a falta de manutenção energética por parte da Amazonas Energia.
“Minha preocupação é que já estamos próximos do fim de 2021 e 2022 é um ano extremamente complicado, visto que é um ano eleitoral e pode caracterizar outro interesse. Caso ela não aconteça, a população vai continuar sendo humilhada”, frisou o parlamentar.
O deputado destacou ainda que não irá mais se posicionar sobre o assunto, visto que, segundo ele, já fez o seu papel como parlamentar, de cobrar por um serviço energético de qualidade, no Amazonas.
“Fiz uma cobrança e não vou mais me posicionar sobre isso, pois já cumpri meu papel como legislador. A minha preocupação é com o povo que sofre com tarifas elevadas e com um péssimo serviço, depois da privatização da Amazonas Energia. Agora, fica a cargo da Mesa Diretora, da Procuradoria da Aleam de ter esse diálogo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), e ficar ciente se o pleno acolhe ou não esse pedido”, disparou o Sinésio.
Entenda – No dia 10 de setembro, a Procuradoria-Geral da Aleam protocolou recurso para derrubar a liminar emitida pelo desembargador Airton Luís Corrêa Gentil do TJAM, que suspendeu a CPI da Energia, proposta pelo deputado estadual Sinésio Campos.
O recurso foi assinado pelos procuradores da Aleam Robert Wagner de Oliveira, Vander Góes e Gerson Viana. De acordo com o documento, a Casa Legislativa defende sua autonomia fiscalizatória de exercer a continuidade da CPI, visando investigar a precariedade do fato determinado de interesse social quanto ao serviço de energia, bem como o porquê dos constantes racionamentos, blecautes, apagões e a falta de manutenção da rede elétrica que ocasionam grandes transtornos aos consumidores do Amazonas. Agora, cabe ao TJAM apreciar o recurso.
A suspensão da CPI da Energia foi decidida pelo desembargador Airton Luís Corrêa Gentil, do TJAM, durante plantão judicial, em 4 de setembro. A Comissão foi aberta no dia 1° de setembro com o objetivo de investigar possíveis irregularidades na geração e distribuição de energia pela empresa Amazonas Energia. A Comissão é composta pelo deputado estadual Sinésio Campos, como presidente, Carlos Bessa (PV), como relator, Dermilson Chagas (Podemos), Fausto Júnior (MDB) e Cabo Maciel (PL).
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Com informações da assessoria de imprensa
Foto: Divulgação