O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com câncer de pele em estágio inicial, segundo boletim médico divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Hospital DF Star, em Brasília. O laudo foi confirmado a partir de biópsias feitas em oito lesões cutâneas retiradas cirurgicamente no último domingo (14). Duas delas apresentaram carcinoma de células escamosas “in situ”, um tipo intermediário de câncer de pele, restrito às camadas superficiais da epiderme e considerado altamente tratável.
De acordo com os médicos, as lesões foram totalmente removidas e não há necessidade de quimioterapia, radioterapia ou outros procedimentos invasivos neste momento. O médico-chefe da equipe explicou que o quadro é precoce e demanda apenas acompanhamento clínico periódico para monitorar o surgimento de novas lesões, especialmente pelo histórico de exposição solar sem proteção e pela pele clara de Bolsonaro.
O procedimento cirúrgico, realizado no domingo, envolveu a retirada de pequenas áreas no tórax e no braço, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em razão da prisão domiciliar a que o ex-presidente está submetido. Bolsonaro deve retornar em duas semanas para retirar os pontos, embora o procedimento também possa ser feito em casa.
Na terça-feira (16), ele havia sido internado com sintomas de vômitos, tontura, queda de pressão arterial e pré-síncope (quase desmaio). Segundo os médicos, os episódios não estão relacionados ao câncer, mas sim a sequelas da facada sofrida em 2018, além de hipertensão e refluxo gastroesofágico. Após receber hidratação e medicação, o ex-presidente apresentou melhora e recebeu alta no início da tarde desta quarta.