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quinta-feira, julho 17, 2025

PF prende envolvidos no ataque hacker ao Pix e recupera R$ 5,5 milhões em criptoativos

Ação mirou invasão à C&M Software, empresa que conecta bancos ao sistema Pix

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A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo prenderam dois suspeitos de envolvimento com uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro, fraudes eletrônicas e invasões a sistemas de instituições financeiras. A ação resultou na recuperação de R$ 5,5 milhões em criptoativos.

Segundo os investigadores, os detidos atuavam junto ao grupo responsável pelo ataque hacker ocorrido em 1º de julho contra a empresa C&M Software, responsável por conectar instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), do Banco Central, por onde operam as transações via Pix. O prejuízo estimado com o golpe ultrapassa R$ 500 milhões.

Investigações

As investigações apontam que a quadrilha teve auxílio de um funcionário terceirizado da própria C&M Software. Ele admitiu ter fornecido o login e a senha de acesso aos sistemas da empresa, além de ter permitido o uso do próprio terminal durante o ataque.

O colaborador confessou que recebeu R$ 5 mil em espécie pelo primeiro repasse. Depois, receberia mais R$ 10 mil. Motoboys realizaram os pagamentos ao funcionário. 

A invasão permitiu que os hackers acessassem contas reservas de pelo menos seis instituições financeiras. Entre elas, estão o Banco BMP e a Credsystem. As autoridades consideram este o maior ataque do tipo já registrado no Brasil.

Criptoativos sob custódia do MP

Durante a Operação Magna Fraus, deflagrada entre os dias 15 e 16, promotores do CyberGaeco e agentes da PF cumpriram mandados em cinco endereços nos estados de Goiás e do Pará. Os agentes encontraram a chave privada de acesso aos criptoativos em uma das residências.

A apreensão permitiu a transferência dos R$ 5,5 milhões para a custódia do Ministério Público paulista. Os valores serão alienados e depositados em conta judicial vinculada à 1ª Vara Criminal Especializada de São Paulo.

Além dos valores recuperados, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 32 milhões em USDT, uma criptomoeda atrelada ao dólar, com o apoio da empresa Tether, responsável pela emissão do ativo. Também houve bloqueio de contas bancárias e apreensão de dinheiro em espécie, veículos e armas.

Os investigados responderão por invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Com informações de InfoMoney

Foto: Arquivo Gov.br

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