Após as alegações de que Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) poderia estar ‘maquiando’ os dados para promover o governo federal, o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) divulgou nesta quarta-feira (29) que suspendeu temporariamente a iniciativa do IBGE de criação da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do IBGE (IBGE+).
De acordo com o MPO, a fundação teria o objetivo de promover o desenvolvimento institucional e ampliar as fontes de recursos financeiros para o IBGE.
“Frente a esse desafio, estão sendo mapeados modelos alternativos que podem ensejar alterações legislativas, o que requererá um diálogo franco e aberto com o Congresso Nacional”, diz a nota publicada pelo MPO.
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O texto afirma ainda que os dois órgãos esclareceram que qualquer decisão que venha a ser tomada será debatida internamento e nos poderes Executivo e Legislativo.
O Ministério do Planejamento e Orçamento informou, ainda, que dará apoio ao IBGE, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), para a formulação do Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, uma das pesquisas mais relevantes do Instituto, em recursos para 2025 (cronograma que envolve treinamento, contratação, entre outros).
CPI das Pesquisas
Ao retornar do recesso parlamentar, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) anunciou que pretende recolher assinaturas para abrir uma CPI para apurar possíveis distorções nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE).
Como justificativa, o deputado alega que o instituto pode estar manipulando dados a favor do governo do presidente Lula, uma vez que o IBGE é dirigido por um filiado do PT, Márcio Pochmann.
Para abrir a investigação, o deputado levou em consideração os dados divulgados pelo IBGE sobre a taxa de desemprego no Brasil. Nikolas Ferreira ainda aponta que os números sobre a pobreza no Brasil também podem ter sido alterados.
“Chega de maquiar a realidade. Lula colocou um petista fiel, Márcio Pochmann, no comando do IBGE para fabricar uma ‘realidade paralela’. Não vamos aceitar manipulação para propaganda de governo”, escreveu o deputado em uma rede social.
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