O programa Debate Político, do O Convergente, recebeu nessa terça-feira (28) o candidato a prefeito de Manaus Amom Mandel (Cidadania), que fez uma avaliação sobre as prioridades da atual gestão da Prefeitura de Manaus, além de comentar as denúncias envolvendo parentes do prefeito David Almeida (Avante). A nova temporada do programa, que receberá os candidatos a prefeito de Manaus, foi apresentado pela CEO da empresa Erica Lima e exibido pela TV Rede Onda Digital, através do canal 8.2, e pelo canal do Youtube da Rede Onda Digital.
Logo no início do programa, Mandel fez um comentário sobre as denúncias de negociações envolvendo a sogra, a noiva e parentes do genro de David Almeida. De acordo com o candidato, a população está revoltada com as denúncias.
“A população continua muito revoltada com tudo que está acontecendo. Vimos ali duas notícias, denúncias gravíssimas recentemente, que a imprensa nacional trouxe. A primeira foi o pagamento de notas fiscais para a sogra do David, prefeito de Manaus. A segunda notícia de pagamento para a noiva dele com uma empresa que tem contrato com a Prefeitura de Manaus”, disse.
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Ao comentar sobre o plano de governo de mais de 600 páginas, Amom Mandel explicou como o plano foi dividido, sendo um dos objetivos realocar o orçamento da Prefeitura de Manaus.
“O nosso plano tem níveis de comprometimento. Temos no primeiro pelotão as propostas que podem ser cumpridas apenas com a reorganização do orçamento da Prefeitura, mudando as prioridades e realocando os recursos”, explicou. “No primeiro e segundo pelotão temos a verba municipal, estadual e federal. Nesses três níveis podemos dialogar porque tem repasses que são obrigatórios, como o Fundeb”, disse.
Questionado sobre o plano de governo, o candidato ainda alegou que é ‘conversa fiada’ de quem reclama sobre a quantidade de páginas do seu plano. “Isso é conversa fiada de quem não tem propostas. Na eleição de Manaus fomos a única candidatura de fazer um plano de governo de verdade, o resto fez uma lista de promessas. Nosso plano é o único que tem quase 300 páginas fazendo um raio-X completo da cidade de Manaus mostrando onde há desperdício de dinheiro público e onde esse dinheiro pode ser realocado”, apontou.
Pesquisas eleitorais e cenário político
O candidato também fez comentários sobre as pesquisas eleitorais que têm sido divulgadas e que apontam ele na segunda colocação em intenções de votos. De acordo com Amom, os candidatos que possuem “a máquina” aparecem em boas posições, mas que isso não reflete na população.
“Na minha percepção, candidatos que já tem a máquina, Roberto [Cidade] tem uma pessoa por trás dele que é o governador, tem Assembleia, CMM, tem um poderio político mas isso não se reflete na população, é algo mais forçado. Assim como o David, não só tem a máquina, historicamente, qualquer prefeito em reeleição já tem determinado percentual, e isso não diz respeito que a população é apaixonada por ele”, afirmou.
O candidato Amom Mandel ainda respondeu sobre as críticas de que ele seria um ‘candidato de rede social’. No Debate Político, o candidato alegou que esses comentários são ‘balela de adversários’.
“Essa questão de estigmatizar a questão de eu usar bem as redes sociais, acho que é balela dos nossos adversários. Eles espalham isso […], é meramente pelo fato deles não saberem utilizar bem as redes sociais. Eu não posso estar errado por usar bem”, disparou.
Questionado sobre como ele define as prioridades da atual gestão da Prefeitura de Manaus, o candidato afirmou que as prioridades são apenas com tinta. “Isso é conversa fiada do David, com menos da metade do que ele gastou só com tinta para pintar as calçadas de Manaus, ele poderia construir o hospital municipal […]. Ele poderia ter feito isso, mas ele não quis, as prioridades dele eram pintar a cidade, embelezar”, destacou.
Jogo das Cartas
No quadro Jogo das Cartas, o candidato Amom Mandel respondeu alguns temas, que foram definidos em sorteio. O primeiro deles foi a educação, o qual ele disse que não é tratada com importância pelo prefeito David Almeida.
“Enquanto vereador presenciei uma série de desmandos na educação. A secretária que foi nomeada na época é irmã do prefeito […], a nomeação de um parente seu entrar naquela esfera do nepotismo, por mais que não haja crime na nomeação para secretários, demonstra o grau de preocupação e importância com a pauta de educação, que na minha opinião é nenhuma”, falou.
A segunda carta sorteada trouxe o tema ‘polêmica’, onde ele comentou sobre as principais polêmicas que inventaram sobre ele. “Uma jornalista recentemente reclamou que o meu plano de governo é grande demais e que isso é um desrespeito com a população. A mais polêmica é quando disseram que eu sou corno, isso é um rebaixamento”, afirmou.
Questionado se os boatos que inventam sobre ele o atingem, o candidato negou. “Não me afeta porque eu sei que a pessoa que está me atacando não tem escrúpulo […]. Se tiver saído e aparecido alguma coisa que não existe e fosse verdadeira, poderia mexer com meu emocional. Mas, esse tipo de ataque, pelo contrário, deve mexer com o dela, porque mandam atacar a gente e respondemos a altura e perguntamos quem está patrocinando, se caiu o PIX”, apontou.
A temática ‘meio ambiente’ foi outra comentada pelo candidato, que falou sobre o episódio de queimadas. “Estamos vendo essa situação de calamidade ambiental porque as pessoas não podem sair de casa porque estão respirando fumaça […], eu fui o único que destinou emendas e verbas para o combate aos incêndios florestais por parte do Ibama”, revelou.
Economia foi o último assunto tratado pelo candidato no quadro. “Não importa quanto de dinheiro entre nos cofres da prefeitura, os problemas sempre serão maiores do que as soluções e a quantidade de dinheiro que a gestão tem. No entanto, é certo que podemos e devemos fazer melhor que a gestão atual”, opinou.
Urna política
No segundo quadro do programa, o candidato Amom Mandel sorteou alguns rostos de políticos na ‘Urna Política’. O primeiro foi o candidato a prefeito Marcelo Ramos (PT), o qual Amom afirmou que ‘já foi a esperança’ de Manaus.
“Ele é um cara muito inteligente e já foi a grande esperança da cidade de Manaus, um dia. Mas, acabou ajoelhando no milho, mostrou uma certa incoerência do passado. Não acho que ele diminuiu a inteligência, mas não tem como a população confiar no plano de governo dele”, avaliou.
O candidato a prefeito Gilberto Vasconcelos (PSTU) foi o segundo rosto sorteado por ele, mas o candidato enfatizou que não possuía informações para comentar sobre o candidato do PSTU. “Não tenho informação suficiente para falar dele. Mas, ser de esquerda ou de direita não tem nada a ver sobre ser Lula ou Bolsonaro, as pessoas confundem isso”, disse.
O senador Plínio Valério (PSDB) foi o outro político sorteado por Amom Mandel, que revelou que possui uma boa relação com o mesmo, que também foi importante para as tratativas com a federação nacional sobre a escolha da vice.
“Não só aprovou, como chancelou e apoio a Nancy Segadilha como vice. Ele teve um papel muito importante nisso dentro da federação a nível nacional, a escolha da Nancy acarretava que tivéssemos o prefeito e o vice ambos do Cidadania, então tivemos que conversar com outras pessoas da federação a nível nacional”, detalhou.
O último rosto sorteado foi do vereador e presidente da Câmara Municipal de Manaus, Caio André (União Brasil). De acordo com Amom, ele escolheu o vereador para presidente da CMM por fazer oposição ao então presidente da Casa, David Reis (Avante).
“Eu escolhi como presidente porque ele estava fazendo um contraponto contra o candidato que estava querendo reeleição na época, que era David Reis, que na minha opinião teve uma péssima gestão recheada de escândalos”, disse.
Vale lembrar que as próximas edições do programa ‘Debate Político’ serão totalmente voltadas aos candidatos majoritários, o qual todos serão convidados, respeitando o processo isonômico do processo eleitoral. Já o programa ‘Politizando’, também do O Convergente, terá a participação dos candidatos a vice-prefeito.
Confira o programa na íntegra:
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Por Camila Duarte
Ilustração: Marcus Reis
Revisão: Letícia Barbosa
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