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sábado, setembro 28, 2024

David Almeida entra na mira do Comitê de Combate à Corrupção por distribuir lotes às vésperas do pleito

O Comitê pede que o Ministério Público investigue se David Almeida praticou conduta vedada a agente público ou abuso de poder político

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Faltando cerca de 4 meses para o pleito, o pré-candidato à reeleição David Almeida (Avante) entrou na mira do Comitê Amazonas de Combate à Corrupção. Isso porque o atual chefe municipal, na semana passada, anunciou a distribuição de 3,5 mil terrenos do programa “Nova Manaus”.

De acordo com a Prefeitura de Manaus, este é o maior programa habitacional da história de Manaus, com meta de entregar 17 mil moradias construídas ou reformadas nos próximos anos.

Com o anúncio, o Comitê pediu ao Ministério Público Eleitoral para investigar a distribuição do atual prefeito de Manaus. Na notícia de fato, enviada ao Centro de Apoio Operacional às Promotorias Eleitorais do Ministério Público do Amazonas na última segunda-feira (10), o Comitê afirma que a abertura de um programa habitacional a quatro meses das eleições cria expectativa habitacional para milhares de manauaras e tem potencial de gerar desequilíbrio no pleito.

“O ato da Administração Municipal, às vésperas da eleição para chefe do Poder Executivo no Município de Manaus/AM, sob o comando do pré-candidato à reeleição cria expectativa habitacional para milhares de manauaras, que não possuem um lar próprio para morar e implicitamente ficam o direito à moradia ‘amarrado’ ou condicionado a possível reeleição do atual mandatário”, diz trecho.

O anúncio do programa foi feito na última semana por David Almeida e pelo secretário de Habitação e Assuntos Fundiário (Semhaf), Jesus Alves. No mesmo dia, a prefeitura abriu o prazo para que famílias de baixa renda se inscrevam no programa.

“Aprovamos na Câmara Municipal de Manaus (CMM) o projeto para a criação do primeiro bairro planejado da cidade, após 50 anos. Será atrás do Viver Melhor (antigo Monte Horebe). Serão cerca de 3.500 lotes de terra urbanizados, já com os equipamentos públicos, com água, energia, rede de esgoto”, disse David Almeida, na ocasião.

Segundo o Comitê, a abertura de um programa para a distribuição de bens imóveis, com o benefício de milhares de pessoas “constitui um fator de desequilíbrio da disputa, principalmente porque realizado quando falta quatro meses para a eleição municipal de 2024 e por quem declarou que disputará o pleito como candidato a reeleição, posição já confirmada no lançamento de sua pré-candidatura”.

De acordo com a entidade, a Lei Eleitoral proíbe a distribuição gratuita de bens por parte da administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior. Nesses casos, o Ministério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa.

O comitê pede que o Ministério Público investigue se David Almeida praticou conduta vedada a agente público ou abuso de poder político e, caso seja confirmada a prática, que apure se houve improbidade administrativa.

O Convergente procurou a Prefeitura de Manaus para esclarecimentos. Até a publicação deste material, não houve retorno.

Confira a representação:

REPRESENTAÇÃO David Almeida

Leia mais: Cotado para vice de David Almeida, Renato Junior consegue reverter irregularidade na Justiça Eleitoral

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