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quinta-feira, novembro 21, 2024

Juiz, conselheiro do TCE e o filho dele são alvos de operação da PF que investiga desvio milionário na Saúde de Roraima

De acordo com a PF, o juiz teria dado um parecer favorável à empresa do filho do conselheiro do TCE, o que obrigou a Sesau a pagar R$ 1,5 milhão

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A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (16), a Operação Fullone, com o objetivo de desarticular um suposto esquema criminoso destinado para desviar recursos públicos de contratos firmados com a Secretaria Estadual de Saúde de Roraima (SESAU). A operação tem como alvo um juiz do Tribunal de Justiça de Roraima, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e também o filho dele.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária em Boa Vista além do sequestro, bloqueio e indisponibilidade de bens e valores na quantia aproximada de R$ 26 milhões. Também foi determinado o afastamento das funções públicas de servidores envolvidos. De acordo com o G1, o filho do conselheiro do TCE-RR foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

A Polícia Federal apura atos de dispensa ilegal de licitação, favorecimento de empresa nas contratações diretas, superfaturamento do objeto contratado, desvio de recursos públicos para beneficiamento do núcleo familiar dos servidores envolvidos, e atos de lavagem de dinheiro para dissimular o enriquecimento ilícito advindo dos desvios de recursos públicos.

Conforme apontou a investigação, o filho do conselheiro do TCE de Roraima é dono de uma empresa contratada pela Sesau, que oferece serviços de lavanderia. Sem receber da secretaria, ele recorreu à Justiça para receber valores em atraso.

De acordo com a investigação, o juiz do TJRR teria dado um parecer favorável à empresa e obrigou a Sesau a fazer o pagamento de cerca de R$ 1,5 milhão. A investigação da PF suspeita que o magistrado atuou para favorecer a empresa do filho do conselheiro do TCE, que atuava como fiscal do contrato da empresa do próprio filho.

A ação contou com a participação do Ministério Público Federal e da Corregedoria do Tribunal de Contas do Estado.

Derivado do termo latino “Fullo”, o sobrenome FULLONE tem etimologia profissional e designa aqueles que desempenhavam funções de lavanderia e tinturaria na época romana. O “Fullo”, portanto, era quem, de fato, se encarregava de lavar, branquear, tingir e pentear os tecidos com água, sabão e urina, um dos principais agentes branqueadores da época.

Até a publicação desta matéria, o Tribunal de Contas de Roraima e o Tribunal de Justiça de Roraima não se pronunciaram sobre o assunto. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

*Com informações da PF e do G1 Roraima

Leia mais: PF aciona STF para investigar senador de Roraima por suposta compra de votos

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