Em meio aos desdobramentos significativos das investigações da Polícia Federal sobre a ‘Abin Paralela’, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, nesta terça-feira (30), Alessandro Moretti do cargo de diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A decisão, previamente revelada pela coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, foi oficialmente publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, marcando um momento crucial no cenário político e nas investigações em curso.
No âmbito da investigação, a Polícia Federal faz menção a uma potencial colaboração entre os suspeitos sob investigação na operação e a administração em vigor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O cargo deixado por Moretti será ocupado pelo cientista político Marco Cepik, atual líder da Escola de Inteligência da Abin. Cepik, que já atuou como diretor-executivo do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV) em Porto Alegre (RS), assume a posição de diretor-adjunto da agência, trazendo consigo uma sólida experiência, especialmente em assuntos internacionais.
A Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação sobre um grupo envolvido em atividades relacionadas a uma suposta Abin paralela durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Alessandro Moretti ocupava a função de diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) desde março de 2023. Anteriormente, no período entre 2021 e 2023, ele desempenhou o papel de diretor de Inteligência Policial e Tecnologia da Informação na Polícia Federal.
O antigo diretor-adjunto da Abin acumula experiência na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, onde atuou como secretário-executivo sob a supervisão de Anderson Torres. Torres, por sua vez, ascendeu ao cargo de ministro da Justiça durante o governo de Bolsonaro.
Moretti ingressou na Abin durante a gestão de Lula e permaneceu no órgão devido à sua relação com o diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, que o manteve em sua posição mesmo após a transição de governos.
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