Antes da chegada dos Policiais Federais para cumprir mandados na residência de ‘Carluxo’, na segunda fase da ‘Operação Vigilância Aproximada’, nesta segunda-feira (29), Jair Bolsonaro (PL) e dois de seus filhos deixaram a casa de praia da família em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro (RJ).
De acordo com informações do Metrópoles, antes de baterem na residência para cumprir um mandado de busca e apreensão relacionado a uma investigação sobre um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a equipe da PF constatou que a família Bolsonaro estava presente no local.
Conforme apuração, o ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) montaram uma estratégia e deixaram a residência em uma lancha da família momentos antes do cumprimento do mandado pelos agentes federais, expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Outras pessoas envolvidas também foram investigadas. Por isso, a Polícia Federal cumpriu mandados direcionados aos endereços da assessora de Carlos, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida; da referente à assessora de Alexandre Ramagem, Priscila Pereira e Silva; e ainda do militar do Exército cedido para a Abin durante a gestão de Ramagem, Giancarlo Gomes Rodrigues.
Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) virou alvo da investigação da Polícia Federal que apura espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A Polícia Federal (PF) esteve na casa do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro (RJ) e apreendeu um computador da Abin na residência do parlamentar nesta segunda-feira (29).
Veja também:
Após o início da operação ‘Operação Vigilância Aproximada’, que passou a investigar o ex-diretor da Abin e atual deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), o que ‘ninguém sabia o que estava por debaixo dos panos’ vem sendo revelado. No desfecho da investigação surgiu outro nome ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É um ex-ministro da Justiça e ex-secretário do Distrito Federal (DF), Anderson Torres.
Em 2019, Torres, na época, conduzia o veículo Pajero Full, que foi alvo de monitoramento ilegal por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A prática de espionagem foi uma determinação direta de Alexandre Ramagem, que ocupava o cargo de chefe da Abin naquele período.
Leia mais: Revelada a ligação entre Anderson Torres, Pajero monitorada pela Abin e Ramagem