Em meio ao cenário de desastre natural que resultou em pelo menos doze mortes após as chuvas no Rio de Janeiro (RJ) e deixou a cidade em situação de emergência, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por não se deslocar até a capital carioca, enviando, em vez disso, uma comitiva para avaliar a situação dos moradores.
A ausência do chefe de estado abriu uma brecha para Jair Bolsonaro (PL), que, mais uma vez, aproveitou para alfinetar seu principal adversário político. O ex-líder do Executivo questionou o paradeiro de Lula nas redes sociais.
“Onde está Lula, braço de Eduardo Paes, para ajudar o Rio de Janeiro nessas enchentes causadas pelas chuvas das últimas horas?”, indagou Bolsonaro, questionando por que o presidente não estava prestando auxílio à população carioca.
O adversário de Lula indagou ainda mais: “Ahhhh… ele está viajando pelo mundo com seu parceiro, assim como ocorreu no Rio Grande do Sul”, comparando os desastres naturais naquele estado entre setembro e outubro de 2023, quando o presidente não visitou o Rio Grande do Sul e enfrentou duras críticas da oposição.
Sem acompanhar de perto a situação no Rio de Janeiro, o presidente anunciou a liberação de R$ 1,6 bilhão para auxílio aos impactados pelas intensas chuvas no Vale do Taquari, localizado na região central do Estado. Adicionalmente, foi estabelecida uma linha de crédito no valor de R$ 1 bilhão por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), visando a recuperação econômica das cidades afetadas pelo desastre. Além disso, foi disponibilizado um total de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para beneficiar 354 mil trabalhadores da região.
As fortes chuvas que atingiram cidades do Rio foram causadas pelo avanço de uma frente fria, que ao encontrar uma área de baixa pressão, conforme explicado pelo meteorologista Heráclito Alves do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), propiciou condições propícias para a ocorrência de chuvas intensas. Lamentavelmente, no Rio, 12 pessoas perderam a vida devido a essas condições climáticas adversas.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência, por meio de comunicado, informou que o presidente Lula manteve diálogo com os prefeitos do Rio, Eduardo Paes (PSD), e de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro (Republicanos), assegurando “todo o apoio do governo federal ao trabalho das prefeituras e assistência da população atingida pelas chuvas.”
“A presidente Lula designou os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, além da Defesa Civil para visitar a cidade e adotar as medidas necessárias para atender a população local”, diz em nota.
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