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quarta-feira, abril 9, 2025

Política de vigilância e controle de doenças no AM passa a ter acordo de cooperação entre Fiocruz e FVS

Os termos têm como objetos projetos na área de controle vetorial e reservatórios na Amazônia, vigilância entomológica de insetos vetores de patógenos emergentes, reemergentes e/ou negligenciados no Amazonas

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A Fiocruz Amazônia e a Fundação de Vigilância em Saúde Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-AM) formalizaram nesta terça-feira, 18/07, a assinatura de sete termos de cooperação científica que garantirão a execução conjunta de projetos desenvolvidos por pesquisadores da Fiocruz Amazônia e FVS-AM, visando fortalecer as estratégias de vigilância e controle de doenças infecciosas no Amazonas. Os acordos foram assinados pela diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Schwartz Benzaken, e a diretora-presidente da FVS-AM, Tatyana Costa Amorim Ramos, juntamente com os pesquisadores das duas instituições que coordenarão cada projeto, em solenidade realizada no Salão Canoas, na sede do ILMD/Fiocruz Amazônia, com a presença de representantes da Secretaria do Estado da Saúde, Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado e Fundação Alfredo da Matta. O foco das parcerias são as doenças infecciosas como dengue, zika, malária, Chikungunya, febre amarela, Covid-19, infecções sexualmente transmissíveis (IST/HIV/Aids) e hepatites virais.

Os termos têm como objetos projetos na área de controle vetorial e reservatórios na Amazônia, vigilância entomológica de insetos vetores de patógenos emergentes, reemergentes e/ou negligenciados no Amazonas; apoio à vigilância laboratorial desses patógenos; vigilância das morbimortalidades por causas externas no Amazonas; epidemiologia de SAS-CoV-2 no Amazonas; desenvolvimento de imuno ensaios para diagnóstico, fortalecimento da política de IST/HIV/AIDS e Hepatites Virais no Amazonas e oferta de cursos e treinamentos para profissionais de saúde.

Para a diretora da Fiocruz Amazônia, os novos acordos fortalecem não só a parceria como os trabalhos que já vêm sendo desenvolvidos pelas duas instituições. “Com este ato simbólico de assinatura, reafirmamos o compromisso da Fiocruz Amazônia em contribuir para o fortalecimento da Vigilância em Saúde no Amazonas, utilizando para isso a expertise dos nossos laboratórios e pesquisadores em Saúde Pública, porque acreditamos que, sozinha, sem a parceria dos entes municipais e estaduais, além da sociedade civil organizada e populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas, a Fiocruz Amazônia não consegue vencer os desafios do fazer saúde na Amazônia”, afirmou Benzaken, ressaltando que a assinatura de sete termos de cooperação consolida uma parceria histórica entre as duas instituições.

Tatyana Amorim destacou que a formalização dos acordos é um passo importante e decisivo para a continuidade dos trabalhos. “Hoje é um dia muito importante para a Fiocruz e para a FVS, que sempre foram instituições parceiras, porque marca a institucionalização desse trabalho. Precisávamos assinar esses termos porque um dia vamos sair mas a parceria continuará com a formalização e a continuidade do trabalho no campo da vigilância.

Os termos preveem prazos de vigência que variam de acordo com a extensão de cada projeto. “A saúde na Amazônia apresenta grandes desafios para o SUS e as doenças infectocontagiosas ainda representam um problema para a saúde pública, daí a importância do estudo da ecologia dos ciclos de transmissão de diferentes agentes patogênicos e a sistemática, tendências evolutivas e interações entre os organismos-chaves envolvidos em cada ciclo”, explica o pesquisador da Fiocruz Amazônia, Sérgio Luz Bessa, chefe do Núcleo de Patógenos, Reservatórios e Vetores na Amazônia (PreV Amazonia), pertencente ao Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia (EDTA).

O estudo do EDTA vai trabalhar nos seguintes eixos: acompanhamento do perfil silvestre e peridomiciliar de vetores e reservatórios em área rural, monitoramento de patógenos em animais silvestres, sua prevalência em diferentes paisagens e a construção de um biobanco de amostras biológicas. “A junção de todos esses eixos trará contribuições importantes para o conhecimento de situações em saúde na Amazônia, fundamental para subsidiar uma melhor preparação de respostas por parte das autoridades de saúde em todas as esferas de governo”, prevê o projeto, lembrando que a Amazônia é endêmica para vários patógenos emergentes de relevância.

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