A Polícia Federal (PF) realizou na tarde desta quinta-feira (15) buscas em endereços ligados ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes também determinou que Marcos do Val deve prestar depoimento.
No Senado, foi proibido o acesso de jornalistas ao corredor que dá acesso ao gabinete do senador. Os mandados são cumpridos em Brasília e no Espírito Santo.
Informações preliminares dão conta de que ele é supostamente investigado por obstruir investigações sobre os atos golpistas do 8 de janeiro.
Em fevereiro deste ano, do Val acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de organizarem uma reunião no fim do ano para propor o envolvimento do senador em um plano de golpe de Estado.
“Bate boca”
Uma audiência realizada na manhã da terça-feira, 9/5, que contou com a presença do ministro da Justiça Flávio Dino, que pedia explicações sobre “os planos e a agenda estratégica da pasta para os próximos anos”, mas que desencadeou para os atos de vandalismo cometidos a prédios públicos no dia 8 de janeiro, em Brasília, teve momentos acalorados e muito “bate-boca” entre os parlamentares e a presidência da mesa da Comissão de Segurança Pública. A audiência foi solicitada pelo senador Magno Malta (PL-ES).
No início, Flávio Dino começou a fazer um balanço das ações ministeriais a respeito da segurança no Brasil, desde o início deste ano, quando foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, Dino falou das armas apreendidas entre alguns colecionadores, atiradores e caçadores, os chamados CACs, e o crime organizado.
Ao chegar aos fatos do dia dos atos golpistas, que culminou na depredação dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, houve um bate-boca generalizado. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) questionou o fato de Flávio Dino aparecer em um vídeo dizendo que as pessoas estavam subindo a rampa e depois disse que não estava no prédio do Ministério da Justiça e depois disso, Flávio Dino falou que era fake news.
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Por informações do G1
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