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segunda-feira, julho 8, 2024

Procuradora de Goiás lamenta salário de mais de R$ 30 mil; veja vídeo

Esta semana, um vídeo da procuradora em que ela critica a situação salarial dos membros do MP viralizou nas redes sociais

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Remunerada com salário de R$ 37.589,96 por ser membro da 39° Procuradoria de Justiça de Goiás, Carla Fleury de Souza chegou a receber R$ 92 mil brutos e R$ 72 mil líquidos em dezembro, ao somar auxílios e verbas indenizatórias do cargo. Em 2022, ela teve rendimento médio líquido de R$ 44.292 ao mês, de acordo com levantamento do GLOBO feito a partir de dados do Portal da Transparência do MP goiano.

Esta semana, um vídeo da procuradora em que ela critica a situação salarial dos membros do MP viralizou nas redes sociais.

“Graças a Deus meu marido é independente. Eu não mantenho minha casa. O meu dinheiro é só para fazer minhas vaidades. Graças a Deus. Só para os meus brincos, minhas pulseiras, meus sapatos”, disse ela, durante reunião do Conselho do MP goiano, na segunda-feira.

Dados do Portal da Transparência mostram que a procuradora teve rendimento líquido de R$ 72.228,99 em dezembro. Isso porque, além da remuneração do cargo efetivo, recebeu o terço constitucional das férias (R$ 21.277,33), mais um terço de abono permanência (R$ 5.053,36) e outras verbas indenizatórias que não foram especificadas, no valor de R$ 30.223,46.

Todos os meses, ela tem direito a R$ 1.210,00 de auxílio alimentação além de um auxílio saúde, em dezembro, ganhou R$ 4.704,11 por isso.

Considerando os adendos ao salário, Carla somou rendimento bruto de R$ 92.016,37 em dezembro. Não houve retenção por teto constitucional. No entanto, com contribuição previdenciária de R$ 5.053,36 e recolhimento de Imposto de Renda de R$ 14.734,02, o vencimento líquido de dezembro ficou em R$ 72.228,99.

Os dados mais recentes do Portal da Transparência mostram que a procuradora teve rendimento líquido de R$ 39.518,87 em abril deste ano. Além do salário, ela recebeu outros R$ 11 mil reais em auxílios para alimentação e saúde e outras verbas indenizatórias.
‘Dó dos colegas’ em início de carreira

Durante a reunião do Conselho do MP, Carla afirmou ter “dó” dos colegas em início de carreira e criticou a falta de um reajuste considerado adequado, tema que já havia sido levantado no encontro.

Segundo ela, os ganhos dos profissionais em início de carreira não estariam acompanhando a inflação. No último edital de 2021 para a carreira, foram ofertadas 39 vagas para o cargo de promotor, com salário de R$ 28 mil.

“Mas uma coisa eu falo. Eu tenho dó dos promotores que estão iniciando aqui a carreira. Porque os promotores que têm filhos na escola, que tem que pagar a escola. Porque hoje o custo de vida é muito caro”, diz a promotora, antes de concluir, “Desculpe se eu me exaltei. Não sou nenhuma oradora, mas eu falei de coração. E quem fala de coração, fala a verdade”.

Em nota, o Ministério Público de Goiás disse que se trata “de declaração de cunho pessoal, que não representa o pensamento da instituição”.

Leia mais: Veja como os deputados da bancada do Amazonas votaram na MP dos ministérios do Governo Lula

Por informações do Globo

Foto: Divulgação

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