Em carta enviada para a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) nessa quarta-feira, 22/2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a regulação das redes sociais a fim de combater a desinformação. A carta de Lula foi lida durante a abertura do fórum, que debate propostas para regulamentar as redes sociais e combater a desinformação e as fake news.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e o influenciador digital Felipe Neto também participaram do encontro em Paris.
Na carta, o mandatário brasileiro afirma que o ambiente digital – “de poucas empresas” – causou riscos à democracia e também à saúde pública. Ainda segundo Lula, a disseminação de desinformação durante a pandemia de Covid-19 contribuiu para milhares de mortes. “O discurso de ódio faz vítimas todos os dias. Além disso, os mais vitimizados são os setores mais vulneráveis de nossas sociedades”, acrescentou Lula.
O presidente também lembrou dos ataques criminosos contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro, pontuando que os atos foram resultado de uma campanha de mentiras e desinformação disseminadas nas plataformas digitais.
“Em grande medida, esta campanha foi alimentada, organizada e divulgada através de várias plataformas digitais e aplicativos de mensagens. O mesmo método foi usado para gerar atos de violência em outras partes do mundo. Isso deve parar”, disse Lula.
Lula também ressaltou na carta que a comunidade internacional precisa “trabalhar para dar respostas eficazes a esta questão desafiadora dos nossos tempos”. De acordo com Lula, é preciso garantir o direito da sociedade “a informações confiáveis, e não a mentiras e desinformações”.
O mandatário concluiu reiterando que o Brasil pode contribuir de forma significativa “para a construção de um ambiente digital mais justo e equilibrado, baseado em estruturas de governança transparentes e democráticas”.
—
Da Redação com informações da CNN
Foto: Divulgação