O presidente de Itália, Sergio Mattarella, anunciou nesta quinta-feira, 21/7, que dissolveu o Parlamento depois que o primeiro-ministro Mario Draghi renunciou ao cargo, pela segunda vez, já que seu governo de coalizão de unidade nacional entrou em colapso.
Mattarella disse, ainda, que decidiu sobre eleições antecipadas porque a falta de apoio a Draghi também indicou que não havia “nenhuma possibilidade” de formar outro governo que pudesse levar a maioria dos legisladores.
Não foi marcada oficialmente uma data para uma nova eleição, mas, segundo o canal italiano RAI, ela será no dia 25 de setembro. O presidente italiano disse que ela deve ser realizada dentro de 70 dias segundo a Constituição da Itália, sendo que essa data seria quando esse prazo expira.
O mandato no Parlamento na Itália dura cinco anos e deveria ter ido até março de 2023.
Renúncia do primeiro-ministro – Draghi “reiterou sua renúncia e a do Executivo que chefia”, disse a presidência em um breve comunicado, especificando que “foi informada” da decisão e que ele permanecerá no cargo por enquanto para “dirigir os assuntos atuais”.
Muito aplaudido na Câmara dos Deputados, Draghi solicitou de imediato a suspensão da sessão para se deslocar ao palácio presidencial do Quirinal, onde chegou pouco depois das 09h15 locais (04h15 em Brasília) para comunicar a sua “decisão” ao presidente Sergio Mattarella.
Uma conclusão esperada depois que o Forza Italia, o partido de direita de Silvio Berlusconi, a Liga, o partido de extrema-direita de Matteo Salvini e o partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E) se recusaram a participar de um voto de confiança solicitado na quarta-feira (20) pelo primeiro-ministro no Senado.
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Da Redação com informações do G1
Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters